A afirmação inicial A juventude é estranha encontra em seguida uma justificativa quando o autor argumenta que os jovens,
a) assim como os mais velhos, dão a vida passada por vivida, recusando-se a crer que ainda haja ideais a serem perseguidos.
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b) ao contrário dos velhos, buscam passar seu próprio tempo a limpo, livrando-o da carga pesada dos erros passados.
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c) incorporando valores de outros tempos, acumulam erros e acertos do passado, como se numa transmissão sobrenatural.
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d) rejeitando as heranças culturais disponíveis, têm a ilusão de que renovam tudo, ainda quando repitam erros do passado.
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e) espelhando-se em si mesmos, acabam reabilitando e nobilitando ideais que se perderam em antigos combates.
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O poeta inglês Shelley, segundo o autor do texto, poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas porque nele
a) o espírito revoltoso de um marginalizado fazia dele uma personalidade arrebatada pelos mais ferozes ressentimentos.
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b) a sensibilidade à flor da pele fazia com que ele se dedicasse plenamente ao culto dos mais altos ideais.
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c) as qualidades negativas deixavam em segundo plano as positivas, o que favorecia sua expressão romântica.
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d) os impulsos amorosos, idealistas e esperançosos conviviam com duras invectivas contra o que julgasse maligno.
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e) as intenções críticas mais contundentes acabavam sucumbindo ao lirismo e à índole mística de seu temperamento.
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Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a)
é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo (1º parágrafo) = é a humanidade velha imperando oportunamente sobre a nova. |
b)
Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria (1º parágrafo) = na alternância de deslizes e acertos, magnetizam-se as gerações. |
c)
uma irrisão dramática, um momento de culpas (2º parágrafo) = um drama irrisório, um instante de remorsos. |
d)
a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só (2º parágrafo) = a incrível sensação de que ambas as imagens são uma única. |
e)
atirava-se feroz contra o conformismo do clero (3º parágrafo) = empenhava-se bravamente no combate à resignação da classe clerical. |
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Não parece ao autor do texto, que os mais jovens omitam experiências antigas, de sorte que as carregam nos valores aonde elas se embutem.
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b) Ao buscar entender os jovens – Paulo Mendes Campos, poeta e cronista, acredita que lhes caracteriza sobretudo o peso dos antecedentes.
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c) O cronista encontrou no poeta Shelley, uma espécie de paradigma da juventude, conquanto a representa tanto nos erros como nos acertos.
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d) O autor não postula a convicção de que os jovens sejam tão criativos, a ponto de se deixarem denegar das experiências mais antigas.
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e) O autor do texto – cronista e poeta dos bons – acredita que cada nova geração absorve as experiências das que a ante-cederam.
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Há emprego de voz passiva e adequada correlação entre os tempos e modos verbais na frase:
a) Reconheçam-se na geração de hoje as experiências das gerações passadas, para que bem se compreenda a importância da transmissão dos valores.
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b) Não fossem as experiências dos mais velhos, cada geração haverá de contar apenas com suas intuições e pres-sentimentos.
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c) Muitos jovens terão deixado de reconhecer a importância das experiências de outras gerações, mesmo que vierem a desfrutar delas.
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d) Ainda que muitos jovens acreditassem que nada os ligava às gerações passadas, não terão como deixar de reconhecer o respeito que lhes devem.
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e) Caso o comportamento de um jovem pareça monstruoso, pelo que guarda de paradoxal, é preciso considerar a força que o leva às indecisões.
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O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
a)
Ao jovem (poder) desagradar as imagens da velhice, que ele bem sabe que o aguardam, se a vida é longa. |
b)
O autor valeu-se das imagens dos espelhos, símbolos capazes de figurar as duplicidades a que (costumar) render-se a |
c)
Nunca (dever) contar com nossa complacência os erros em que teimosamente persistimos, apesar de já identificados no |
d)
O autor não se (deixar) alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana. |
e)
Não (haver) de faltar aos moços alguma desconfiança, ao menos quanto à importância das experiências passadas. |
A frase Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior (1º parágrafo) é justificada pelo autor com base na sua convicção de que
a) o Poder Público não pode interferir em qualquer aspecto de uma cultura nacional, que deve ser espontânea e livre do alcance da Constituição.
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b) a sociedade brasileira, conquanto não seja homogênea, é suficientemente madura para formular as normas que devem reger sua cultura tradicional.
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c) a complexidade das culturas brasileiras não deve ser objeto de uma legislação que venha a abranger e determinar tão diversas manifestações.
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d) o Estado não pode permitir que seja lacunosa a legislação sobre matérias culturais, que deve ser rigorosa e o mais específica possível.
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e) a dinâmica das várias culturas existentes no país garante que não haja entre elas algum atrito que ponha em risco a impermeabilidade de cada uma.
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Se na esfera socioeconômica cabe ao Estado propiciar uma melhor distribuição de renda, na esfera dos bens simbólicos um objetivo equivalente se alcança com
a) uma configuração coerente da meta educacional com o sistema financeiro.
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b) uma legislação escolar minuciosa com incentivos à pesquisa pura.
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c) um processo de integração mais coeso entre produção e consumo cultural.
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d) um sistema educacional voltado para a pesquisa de ponta e de longo prazo.
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e) um programa de educação consistente aliado à pesquisa sistemática.
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Um mesmo posicionamento do autor está expresso e ratificado nestes dois segmentos:
a) O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” (3o parágrafo) / propor normas incisivas (3o parágrafo).
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b) Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio (1o parágrafo) / um certo grau de indeterminação [...] é [...] recomendável (3o parágrafo).
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c) Ao Estado cumpre realizar uma tarefa social de base (1o parágrafo) / resulta de interpenetrações da cultura erudita, da cultura popular e da cultura de massas (3o parágrafo).
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d) Constituições [...] foram lacônicas (1o parágrafo) / suporte de um sistema educacional sólido (1o parágrafo).
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e) algum valor deve presidir à ação do Poder Público (3o parágrafo) / exteriores à dialética das culturas brasileiras (3o parágrafo).
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Ao contrário, um certo grau de indeterminação no estilo de seus artigos e parágrafos é, aqui, recomendável. Numa nova redação, mantêm-se o sentido e a correção da frase acima iniciando-se por É recomendável que e seguindo-se com esta complementação:
a) ao contrário, seja aqui gradual e indeterminado o estilo de seus artigos e parágrafos.
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b) nesse sentido, o estilo de seus artigos e parágrafos se manifeste ao contrário de uma certa indeterminação.
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c) se dê o contrário, por aqui, cujos artigos e parágrafos tenham um estilo algo indeterminado.
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d) estilos e parágrafos, inversamente, sejam escamoteados por um certo grau de indeterminação.
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e) o estilo de seus artigos e parágrafos, pelo contrário, contemple aqui alguma indeterminação.
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