No primeiro parágrafo, ao falar sobre escritores, o autor considera a distinção que há entre aqueles que
a) perseveram sem sucesso em seu ofício e os que se impõem ao seu público valendo-se da generosidade deste.
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b) triunfam pela audácia, mesmo quando sem talento, e os que atingem sucesso relativo na continuidade teimosa de seu trabalho.
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c) fazem sucesso em meio aos seus pares e os que, por obra do talento maior, conquistam logo o acolhimento de um grande público.
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d) são reconhecidos por força de qualidades inatas e os que, como é o seu caso, se impõem pela força de um irresistível talento.
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e) impõem a todos, audaciosamente, seu talento natural e os que se afirmam entre seus pares porque perseveram em seu ofício.
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No segmento no plano superficial da vontade, não das forças mais profundas da personalidade, no contexto do 2° parágrafo, fica estabelecida uma oposição entre
a) a exterioridade dos desejos aparentes e a consistência das motivações mais pessoais.
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b) a fragilidade dos desejos mais pessoais e os impulsos que nos chamam da vida exterior.
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c) a ilusão dos desejos dados como profundos e a força do que o destino já planejou para cada um.
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d) os bloqueios da nossa personalidade profunda e a forma pela qual os desejos se mostram superficiais.
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e) a força imperiosa dos desejos manifestos e o pouco controle que sobre eles tem a personalidade oculta.
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No terceiro parágrafo, confessa o autor que sua atividade como crítico de teatro
a) deveu-se sobretudo à força insuspeita de uma vocação autêntica que ele sempre reprimira.
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b) manifestou-se por uma circunstância fortuita, mas acabou por se estabelecer de modo definitivo.
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c) acabou por substituir sua vocação real, que ele exercitou temporariamente no magistério.
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d) foi motivada principalmente pela situação humilhante em que se encontrava o teatro nacional.
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e) nasceu por iniciativa de terceiros, que o convocaram para sanar os equívocos do teatro brasileiro.
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É clara, coesa e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Desde sua meninice confiava o autor de que seria um poeta, se bem que depois o pai o inspirara a ser médico, quando ele talvez se dispusesse a unir as vocações.
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b) Ensinando filosofia, a despeito de não tirar proveito de Kant e Aristóteles, cujas obras ensinava, nem por isso excluiu-se no autor o prazer com que lhes aquiescia.
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c) Sem falsa modéstia, o autor não hesita em reconhecer que contribuiu para a tarefa de situar com maior dignidade o teatro brasileiro em nosso cenário cultural.
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d) Lembra-nos o texto que muitas vezes a gente é levado para realizarmos desejos ocultos, sem ignorar que os realiza, em vez daqueles que nos parecem claros.
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e) Os intelectuais detêm uma forma de reconhecer a vocação cultural alheia cujos critérios são bastante diversos dos que lhes promove o público em geral.
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O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado em:
a)
Não (faltar) ao autor, a despeito de suas vocações aparentes, bastante ânimo para reerguer o prestígio do teatro nacional. |
b)
Quando a alguém não (ocorrer) atender seus impulsos primeiros, é possível que venha a atender sua vocação essencial. |
c)
Diante das condições que (atravessar), naqueles anos, o teatro nacional, não hesitou o autor em buscar redimi-lo. |
d)
Seria preciso que o (recomendar) amigos para a função de crítico teatral para que o autor efetivamente se consagrasse nesse trabalho. |
e)
Aos alunos de colégio (brindar) o professor com suas aulas sobre Kant e Aristóteles, de modo modesto, segundo ele mesmo confessa. |
Em relação ao que se costuma entender por liberalismo, o autor acredita que
a) o objetivo de uma realização coletiva só é alcançado quando já se garantiu plenamente o direito de uma realização pessoal.
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b) é equivocada a ideia de que a busca espontânea de satisfazer os interesses individuais redunda em benefício para todos.
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c) essa corrente de pensamento não obteve êxito por não convencer as pessoas de que o interesse privado é também um ideal público.
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d) os adeptos dessa tendência filosófica moderna interessam-se em promover uma tarefa de caráter social que a política não toma para si.
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e) somente pela imposição dessas novas ideias liberais a cada cidadão é que as políticas coletivistas podem obter algum sucesso.
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Na conversa que manteve com o motorista do táxi, o autor firmou uma posição pessoal, representada no segmento
a) nenhum malandro seria tolo a ponto de perseguir seu interesse particular de maneira excessiva (1° parágrafo).
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b) isso comprometeria o bem-estar dos outros (1° parágrafo).
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c) Falamos de perspectivas políticas (3° parágrafo).
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d) não fossem os ladrões, o país avançaria e resolveríamos todos os nossos problemas (3° parágrafo).
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e) não adianta esperar que algo volte se a gente não paga (3° parágrafo).
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Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) promoveu uma ideia curiosa (1° parágrafo) = dispersou um pressuposto bizarro.
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b) perseguir seu interesse particular (1° parágrafo) = ir de encontro ao motivo pessoal.
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c) indignado com a corrupção (3° parágrafo) = infenso às falcatruas.
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d) Alego que não adianta esperar (3° parágrafo) = Argumento que é inócuo aguardar.
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e) algo volte se a gente não paga (3° parágrafo) = retorne o que não se ressarciu.
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Não paro de encontrar pessoas convencidas de que, cuidando só de seus interesses, elas, no mínimo, não fazem mal a ninguém.
A frase acima ganha uma nova, coerente e correta redação no seguinte caso: Não paro de encontrar pessoas
a) certas de que, preservando apenas o que lhes interessa, elas, pelo menos, não trazem prejuízo a ninguém.
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b) inteiradas de que ao tratar só dos seus interesses, não se esperem delas nem mesmo que possam prejudicar alguém.
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c) convictas quanto ao fato de que, por cuidarem delas exclusivamente, não impliquem no mal de quaisquer outros.
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d) em cujas certezas está que, pelo fato de preservar seus próprios interesses, não acarretam de qualquer malefício a outrem.
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e) presumidas da certeza segundo a qual nenhum mal efeito é proporcionado por quem se restringe às suas próprias necessidades.
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Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na frase:
a) Costuma ocorrer com frequência, conforme a argumentação do autor do texto, distorções graves quanto ao que se entende por liberalismo.
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b) Não é dado a ninguém presumir que seus interesses pessoais, em todos os casos, haja de coincidir com os de seus semelhantes.
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c) Por que razão esperar que sejamos aquinhoados de um conjunto de benefícios que nada fizemos por merecer?
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d) Os impostos de renda dos sonegadores não poderão reverter em investimentos capazes de gerar benefícios públicos.
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e) O motorista de táxi acabou por fornecer ao autor argumentos que o deixou convencido da justeza de sua teoria sobre os liberais de ocasião.
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