Em relação às ideias do texto I, assinale a alternativa correta.
a) O medo da morte, embora fugaz, cria a consciência de uma perene brevidade do tempo, instaurando no ser humano a possibilidade de um mundo alternativo, de acordo com cada período histórico.
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b) O modo de ser-no-mundo é definido pelos traços distintivos dos diferentes contextos histórico-culturais. O medo da morte é, nesse ínterim, dispensável para a definição de toda produção cultural e artística.
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c) As diversas origens do medo e seus significados sócio-históricos são fluidos, e compreendê-los é tarefa obrigatória na finalidade de acessar sua funcionalidade nas diferentes épocas e contextos.
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d) Separar a vida e a morte é tarefa da criação cultural, uma vez que as invenções humanas permitem a superação da mortalidade humana e do medo desta.
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e) A possibilidade da imortalidade não cessaria a produção cultural, tendo em vista que a cultura independe da condição finita da vida humana.
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Em relação ao texto I, assinale a alternativa correta.
a) Uma das propriedades linguísticas que caracterizam o texto como argumentativo é a predominância de formas verbais no pretérito.
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b) Os verbos e pronomes em primeira pessoa do plural, presentes em “Poderíamos até conseguir eliminar uma por uma a maioria das ameaças que geram medo [...]” e “[...] é a nossa consciência de ser mortais e, portanto, o nosso perene medo [...]” são fortes marcas do tipo textual injuntivo, predominante no texto.
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c) O tipo argumentativo é o eixo da construção do texto, tendo em vista que o autor defende uma tese por meio de relações lógicas de argumentação. Uma dessas relações é a de condição, presente no excerto “E se, por puro acaso, nos tornássemos imortais, como às vezes (estupidamente) sonhamos, a cultura pararia de repente [...]”.
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d) Não é possível classificar o tipo textual predominante no texto I, uma vez que os tipos textuais constituem uma lista irrestrita na cultura linguística. Ao contrário disso, os gêneros textuais compõem uma lista restrita, o que possibilita que se classifique o texto I como um artigo de opinião.
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e) O amplo uso de figuras de linguagem, especialmente de metáforas, no texto I, é uma pista de que o tipo narrativo é o eixo da construção textual, enriquecendo as formas de expressão do autor a partir do uso de uma linguagem denotativa.
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Em relação ao texto I, assinale a alternativa correta.
a)
Em “Foi precisamente a consciência de ter que morrer, da inevitável brevidade do tempo, da possibilidade de que os projetos fiquem incompletos [...]", todos os elementos em destaque são exigidos pela regência da palavra “consciência". |
b)
Em “Desde o seu início e ao longo de toda a sua longa história, o motor da cultura foi a necessidade de preencher o abismo que separa o transitório do eterno [...]" (4º parágrafo), o pronome em destaque faz referência à “consciência de ter que morrer". |
c)
Em “[...] para limitar ou para eliminar totalmente as ameaças devidas à casualidade da Natureza, à fraqueza física e à inimizade do próximo [...]", o uso da crase é facultativo antes de “fraqueza" e antes de “inimizade", tendo em vista que tais termos são regidos pela mesma palavra. |
d)
Em “[...] todo tipo de sociedade e toda época histórica têm os seus próprios medos [...]", há um sujeito composto que justifica o uso do acento circunflexo no verbo destacado, marcando a flexão de número. |
e)
Em “[...] as nossas capacidades estão bem longe de apagar a 'mãe de todos os medos' [...]", o termo “mãe de todos os medos" está entre aspas para destacar uma citação direta de outrem, trazendo ao texto outras vozes para comprovar o ponto de vista do autor. |
No excerto “[...] a nossa consciência de que a morte é inevitável é o principal motivo pelo qual existe a cultura [...]", a expressão em destaque pode ser substituída, sem gerar prejuízo gramatical, por
a) por que.
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b) porque.
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c) cujo.
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d) por qual.
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e) porquê.
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Conjunções ou locuções conjuntivas são palavras invariáveis utilizadas para ligar orações ou palavras da mesma oração. As conjunções destacadas nos trechos a seguir estabelecem determinados sentidos, introduzindo uma relação semântica entre as orações. Assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, a interpretação correta da conjunção destacada.
a)
“[...] é a nossa consciência de ser mortais e, portanto, o nosso perene medo de morrer que nos tornam humanos [...]" (justificativa) |
b)
“[...] se, por puro acaso, nos tornássemos imortais, como às vezes (estupidamente) sonhamos, a cultura pararia de repente [...]" (causa) |
c)
“Se é incauto divertir-se com a possibilidade de um mundo alternativo 'sem medo', em vez disso, descrever com precisão os traços distintivos do medo na nossa época e na nossa sociedade é condição indispensável." (hipótese) |
d)
“[...] interminável para tornar vivível uma vida mortal. Ou pode-se dar mais um passo: é a nossa consciência de ser mortais [...]" (finalidade) |
e)
“Embora hoje vivamos imersos em uma 'cultura do medo', a nossa consciência de que a morte é inevitável." (consequência) |
Qual(is) é(são) o(s) item(ns) que reescreve(m), sem gerar prejuízo sintático ou alteração de sentido, o excerto: “Se é incauto divertir-se com a possibilidade de um mundo alternativo 'sem medo', em vez disso, descrever com precisão os traços distintivos do medo na nossa época e na nossa sociedade é condição indispensável para a clareza dos fins e para o realismo das propostas. [...]"?
I. Se é ingênuo deleitar-se com a possibilidade de um mundo paralelo “sem medo", é imperativo, por outro lado, para a clareza de finalidades e para a nudez das propostas, descrever rigorosamente aquilo que distingue o medo em nosso contexto temporal e social.
II. Se é irrefletida a diversão pela possibilidade de um mundo alternativo livre do medo, não obstante, a fim de delimitar a factualidade das propostas e clarificar os propósitos, é imprescindível delinear precisamente as características do medo tal como vivemos.
III. Se é sensato divertir-se com a ideia de um mundo paralelo “sem medo", ao invés disso, é exigência oportuna descrever relativamente tudo o que define o medo nesta época e sociedade, posto que há clareza dos fins e realismo nas propostas.
a) Apenas II.
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b) Apenas II e III.
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c) Apenas I e III.
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d) Apenas I e II.
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e) I, II e III.
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Assinale a alternativa em que o termo “até” apresenta o mesmo valor semântico que recebe na frase “Pode-se até conceber a cultura como esforço constante, perenemente incompleto e, em princípio, interminável para tornar vivível uma vida mortal. Ou pode-se dar mais um passo [...]”.
a) É melhor escondê-lo, pelo menos até conseguirmos um local seguro.
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b) Você pode até tentar, mas não conseguirá se esconder.
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c) Chorei até ficar cansado.
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d) Você pode andar até aqui ou pode chegar mais longe.
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e) O produto custa até quatro vezes mais que seu genérico.
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Assinale a alternativa correta a respeito do excerto “[...] Desde o seu início e ao longo de toda a sua longa história, o motor da cultura foi a necessidade de preencher o abismo que separa o transitório do eterno, o finito do infinito, a vida mortal da imortal; o impulso para construir uma ponte para passar de um lado para outro do precipício; o instinto de permitir que nós, mortais, tenhamos incidência sobre a eternidade, deixando nela um sinal imortal da nossa passagem, embora fugaz.".
a) As expressões “desde” e “ao longo de” referem-se temporalmente à história da cultura, sendo que a primeira está ligada a um ponto temporal de origem, enquanto a segunda está ligada à extensão temporal a partir desse ponto.
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b) O excerto constitui-se de variadas antíteses, as quais colocam em oposição ideias que se referem à cultura e à história. Com isso, o autor traz maior impessoalidade, objetividade e formalidade ao texto.
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c) Ao utilizar a expressão “nós, mortais”, o autor evita dialogar com o leitor do texto, com a finalidade de potencializar eventuais contestações que possam ocorrer diante da sua argumentação.
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d) O verbo “tenhamos” está flexionado de modo que se interpreta uma ação factual que ocorre no momento da fala, por isso afirma-se que está no presente do modo indicativo.
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e) As palavras “impulso” e “instinto” revelam o caráter finito da vida. Referem-se, semanticamente, ao “abismo que separa o transitório do eterno, o finito do infinito, a vida mortal da imortal” e complementam, sintaticamente, o verbo “preencher”.
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O processo de derivação imprópria de palavras compreende a mudança de classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação. Assinale a alternativa cujo excerto apresenta tal processo de derivação na palavra em destaque.
a)
“A cultura é o sedimento da tentativa incessante de tornar possível [...]" |
b)
“[...] o lugar que ele ocupa na existência [...]" |
c)
“[...] todo tipo de sociedade e toda época histórica têm os seus próprios medos [...]" |
d)
“Os medos que o poder transforma em mercadoria política e comercial [...]" |
e)
“[...] a necessidade de preencher o abismo que separa o transitório do eterno [...]" |
A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto e é ainda mais importante quando se trata de textos oficiais. Assinale a alternativa que apresenta a grafia correta de todas as palavras.
a) Hermético, homogêneo, beneficiente.
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b) Ansiar, despender, exceção.
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c) Compunção, sossobrar, consecução.
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d) Viço, obssoleto, aldeiamento.
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e) Frontespício, freiar, arroubo.
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