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Informações da Prova Questões por Disciplina Câmara Municipal de Goiânia (Câmara Municipal de Goiânia) - Assessor Técnico Legislativo - UFG (Centro de Seleção - Universidade Federal de Goiás) - 2018

Serviço Social
1 -

Nos anos 1990, o processo de reestruturação produtiva se intensifica sob o estímulo da acumulação flexível e do modelo japonês, o toyotismo. São características desse modelo produtivo:

a) a verticalização da produção, a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas e a pouca qualificação dos empregados.
b) a centralização da produção em um único espaço, a garantia do cumprimento das leis trabalhistas e a produção em série.
c) a potencialização de formas diversas de subcontratação, a terceirização da força de trabalho e a descentralização das unidades de produção.
d) o trabalho repetitivo, a redução dos custos na linha de produção e o barateamento dos produtos para que atinjam um maior número de consumidores.
2 -

A integração do Brasil à ordem econômica mundial, nos anos iniciais da década de 1990, se dá sob os imperativos do capital financeiro e do neoliberalismo, responsáveis pela redefinição das estratégias de acumulação e pela reforma do Estado, que para Mota (CFESS/ ABEPSS, 2009) se traduz

a) em ações pontuais por parte do Estado e dos países centrais, numa ação sociorreguladora do mercado, na pulverização dos meios de atendimento à população e nas estratégias de coerção exercida pelos países centrais.
b) na acumulação por espoliação dos mercados, na agudização da questão social e na sociabilidade contida em um modo de produção que transforma tudo em mercadorias.
c) em medidas de ajuste econômico e retração das políticas de proteção social, numa conjuntura de crescimento da pobreza, do desemprego e do enfraquecimento do movimento sindical.
d) na força de trabalho alienada, na sociabilidade contida em um modo de produção que transforma tudo em mercadorias e no processo social de produção apartado ou oposto à reprodução da vida social.
3 -

A ofensiva internacional do neoliberalismo ocorreu em razão da crise econômica do capitalismo instalada, sobretudo, a partir das últimas décadas do século XX. Sua base doutrinária e política foi inicialmente expressa por um conjunto de medidas políticas e econômicas elaboradas durante um encontro que se tornou mundialmente conhecido como:

a) Reunião de Cúpula do G8.
b) Conferência das Nações Unidas.
c) Declaração de Salamanca.
d) Consenso de Washington.
4 -

Iamamoto (2007) evidencia que as transformações nas formas de produção e de gestão do trabalho, perante as exigências do mercado mundial sob o comando do capital financeiro, alteram as relações entre Estado e sociedade, decorrendo em

a) novas expressões da questão social que atinge não só a economia e a política, mas afetam todas as formas de sociabilidade humana.
b) novas mediações históricas que reconfiguram a questão social na cena brasileira contemporânea no contexto da mundialização do capital.
c) formas diferenciadas e antagônicas da acumulação do capital, que tende a provocar crises que se projetam no mundo, gerando recessão.
d) formas radicais na intervenção estatal a serviço dos interesses privados, sob a inspiração liberal, metamorfoseando a nova questão social.
5 -

O atual cenário de desenvolvimento do sistema capitalista provoca o agravamento da questão social marcada pelo aumento da desigualdade, da pobreza e da violência. Esse quadro vem repercutindo em vários aspectos, dentre eles na

a) desresponsabilização do Estado em relação às políticas sociais, com focalização de seus campos de atuação e transferência de seus encargos para o terceiro setor.
b) tentativa do Estado de manter-se neutro em relação às políticas sociais, a fim de não se atrelar aos interesses de nenhuma classe social.
c) maior organização da classe trabalhadora para reivindicar seus direitos em razão da não incorporação de suas reivindicações nas ações a serem efetivadas pelas políticas sociais.
d) universalização das políticas sociais visando a desestabilização dos movimentos sociais e o maior controle da classe trabalhadora pelo Estado.
6 -

A atual lei de regulamentação da profissão de assistente social (BRASIL, Lei n. 8.662/1993), no que tange aos movimentos sociais, assegura como uma das competências desse profissional:

a) representar os movimentos sociais perante o Estado em negociações pertinentes às suas demandas relacionadas à área social.
b) prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade.
c) realizar estudos psicossociais que contribuam com movimentos sociais que atuam na defesa dos direitos sociais dos usuários das políticas públicas.
d) elaborar pareceres técnicos que subsidiem a elaboração de propostas dos movimentos sociais com vistas ao seu fortalecimento político.
7 -

O serviço social é uma profissão constituída na dinâmica sócio-histórica das relações entre Estado e as classes sociais no enfrentamento da questão social. Sua natureza contraditória abre possibilidade para atuar no processo de mobilização popular e de fortalecimento dos movimentos sociais (DURIGUETTO, 2013). Dessa forma,

a) possibilita uma reflexão importante para o debate do desenvolvimento dos processos de organização e de lutas nos espaços de politização e publicização das diferentes expressões da questão social.
b) contribui na direção e no consenso ideológico entre os movimentos sociais com os quais trabalha, possibilitando o desenvolvimento da noção de hegemonia expressa na concepção de mundo.
c) possibilita a mobilização dos movimentos sociais na disputa de projetos que se desenvolvem na sociedade civil, efetivando uma ação voltada para o exercício da busca pelo consenso.
d) contribui para o desenvolvimento das ações coletivas dos sujeitos com os quais trabalha na perspectiva da defesa, da conquista e da ampliação dos direitos e da construção de uma sociedade emancipada.
8 -

O projeto ético-político do serviço social vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero, e reafirma a defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do preconceito. A partir dessa compreensão torna-se imperativo ao serviço social

a) reconhecer que a questão da diversidade sexual se insere em sua agenda, frequentemente em razão da violação de direitos, requerendo, portanto, a luta pela defesa dos direitos humanos.
b) amenizar os conflitos existentes entre os defensores dos direitos humanos e aqueles que questionam a defesa desses direitos, visando à harmonização de posições antagônicas.
c) naturalizar o papel historicamente atribuído à mulher na sociedade como indivíduo dotado de direitos e deveres, objetivando o reconhecimento social desse papel.
d) defender a vocação natural da profissão pela defesa dos direitos humanos, procurando abrandar todas as formas de preconceito de gênero, etnia e classe social.
9 -

Historicamente a legislação brasileira expressou e reforçou a dicotomia e a assimetria entre o feminino-masculino. Contudo, fruto da luta das mulheres pela conquista de seus direitos, um marco legal tornou-se importante, pois a partir dele a mulher adquiriu direitos civis iguais aos dos homens. Esse marco foi:

a) a Lei do Divórcio.
b) a Lei Orgânica da Assistência Social.
c) a Consolidação das Leis do Trabalho.
d) a Constituição Federal de 1988.
10 -

A seguridade social é um campo de tensões e disputas entre capital e trabalho. No atual governo, ela vem sendo alvo de constantes ataques devido à radicalização das medidas neoliberais adotadas. O pacote de medidas que compromete o sistema protetivo garantido na Constituição Federal de 1988 inclui:

a) focalização das ações da Política de Previdência Social nos aposentados; corte no valor das maiores aposentadorias e desburocratização no cadastro dos usuários.
b) congelamento do salário-mínimo; desvinculação do Benefício de Prestação Continuada da Política de Previdência Social e mercantilização da Política de Assistência Social.
c) limitação dos gastos públicos em vinte anos; desvinculação das pensões e aposentadorias das correções do salário-mínimo e desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho.
d) substituição do Cadastro Único (CadÚnico) por um mecanismo de controle mais rígido; revisão da Consolidação das Lei do Trabalho e corte de recursos para a política de saúde.

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