O excerto citado do Diálogo “Político”, de Platão, tem como tema central:
a) a arte de criar e de cuidar dos animais de diferentes espécies e gêneros.
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b) o direito de nomear os animais e suas respectivas artes de criação e cuidados.
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c) a divisão e a classificação da ciência para dar lugar à arte de fazer política na ciência.
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d) o agrupamento dos animais em rebanhos e o domínio dos rebanhos pela separação.
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Dado seu tema central, o recurso linguístico utilizado para promover a progressão temática do texto é a
a) exposição linear das ideias, com o auxílio de articuladores argumentativos.
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b) disposição aleatória dos marcadores discursivos nas sentenças.
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c) retomada textual explicitada pelo uso de pronomes pessoais.
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d) articulação oracional por conjunções subordinativas.
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Visto que o excerto citado faz parte de um diálogo, nas duas últimas linhas do texto infere-se que
a) por ser a arte de dirigir os homens, esta é a subdivisão prioritária da ciência.
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b) o animal homem é uma subclasse menor do rebanho dos bípedes.
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c) por ser um animal, o homem deve ser dirigido com firmeza.
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d) o homem é um ser político, organizado em sociedade.
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Por sua estrutura discursiva e progressão temática, o excerto apresentado se caracteriza por uma sequência textual
a) descritiva, com abundância de detalhes da ciência animal.
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b) argumentativa, em defesa da função da ciência política.
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c) narrativa, relatando o evento de classificação das artes.
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d) injuntiva, determinando a forma de direção dos animais.
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A vinculação do texto ao gênero diálogo é evidenciada por recursos linguísticos e discursivos, tais como:
a) a repetição de “por sua vez”, ao longo do texto, e expressões próximas da oralidade, como “a arte de criar raças que não se cruzam” (nas linhas 8 e 9).
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b) o emprego da analogia como forma de garantir credibilidade à argumentação do discurso para convencer o interlocutor ausente.
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c) a utilização recorrente da função fática da linguagem, presente em todo o texto, para prender a atenção do interlocutor.
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d) o uso de “Pois bem” (na linha 1), “Por fim” (na linha 16), e o emprego da primeira pessoa do plural dos verbos.
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No Texto 2, os termos “massa” e “gado” adquirem um sentido semelhante a “rebanho”, no Texto 1. Essa semelhança de sentido deve-se
a)
à percepção generalizante do ser humano como um animal passível de pacificação e de condução. |
b)
ao grande número de substantivos disponíveis no léxico das línguas, em todos os tempos. |
c)
ao conceito biológico de homem classificado como um animal doméstico, pedestre, bípede e sem chifres. |
d)
à sinonímia entre as palavras, promovida pelos empréstimos do grego ao latim e do latim à língua portuguesa. |
A articulação entre os enunciados, no refrão do Texto 2 ,“[...] vida de gado/ Povo marcado”, evoca o sentido de “criação de animais em rebanho” e de “criação de animais pedestres”, no Texto 1. Os mecanismos utilizados para a produção de sentidos, nesses enunciados, no Texto 2, é a
a) pressuposição.
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b) ambiguidade.
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c) comparação.
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d) inferência.
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No Texto 2, os versos “Os automóveis ouvem a notícia/ Os homens a publicam no jornal” pressupõem
a) a veiculação das notícias no rádio dos carros antes de sua divulgação nos jornais impressos.
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b) o anacronismo das notícias da imprensa para quem está nas ruas assistindo às cenas da vida real.
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c) a pressa das pessoas nas ruas em saber dos acontecimentos diários divulgados pelas mídias.
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d) o favorecimento de quem tem carro no acesso às informações privilegiadas antes de sua publicação.
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No Texto 2, em “A arca de Noé, o dirigível/ Não voam, nem se pode flutuar”, a expressão “o dirigível” tem função
a) propositiva, incluída para relacionar os dois períodos da sentença e garantir seu valor de verdade.
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b) vocativa, introduzida para evocar o momento celebratório de desintegração do mundo.
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c) ilustrativa, inserida como acessório discursivo para repetir o sentido construído e apresentado.
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d) apositiva, mobilizada para construir o efeito metafórico de sentido e completar a intertextualidade.
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Na última estrofe do Texto 2, a retomada do sujeito “o povo”, verbalizado no primeiro verso, é feita por silepse com os verbos no plural. Trata-se de
a) concordância semântica, porque o sujeito é coletivo.
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b) erro de concordância, porque o sujeito está no singular.
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c) concordância ideológica, porque o sujeito está implicado.
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d) opção de concordância, porque a aplicação da regra é facultativa.
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