SEDUC-AL (Secretaria de Educação do Estado de Alagoas) - Professor - Educação Física - CESPE (Cebraspe) (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília) - 2018

O pensamento médico-higienista no Brasil produziu significativo impacto no campo profissional da educação física, fato que impulsionou o movimento político corporativo da área e a consequente criação dos conselhos regionais de educação física (CREF).

O período da esportivização da educação física brasileira situa-se entre o final do século XIX e o início do século XX, momento em que a educação física na escola passou a subsidiar a formação de atletas para o esporte de rendimento.

A década de 1980 ficou conhecida como o período do movimento renovador do pensamento pedagógico da educação física, momento histórico em que se identificam severas críticas à ação pedagógica do professor centrada exclusivamente no esporte de rendimento e na aptidão física.

A gênese da educação física brasileira recebeu forte influência dos métodos ginásticos europeus, que expressavam a cientificidade da educação física no Ocidente com base em princípios biológicos e positivistas.

No período pós-1964, influenciada pelas reformas educacionais instituídas pelo regime militar, a educação física reforçou seu caráter instrumental e funcionalista, passando a ser considerada uma atividade prática voltada para o desenvolvimento físico e técnico dos alunos.

A educação física escolar deve ter uma relação orgânica com os princípios científicos do treinamento esportivo e possibilitar aos alunos ganhos efetivos de condicionamento físico.

As aulas de educação física possuem estruturas que permitem ao professor explorar vários objetivos esportivos; por isso, a necessidade de organizar o planejamento em exercícios de aquecimento, exercícios de flexibilidade e agilidade, jogos esportivos e, por fim, volta à calma.

A seleção e o trato pedagógico de conteúdos para as aulas de educação física devem atender a uma relevância social para os alunos, considerando-se o potencial de usufruto desses conteúdos como prática de lazer e de promoção da saúde.

As aulas de educação física devem explorar uma compreensão de corpo que transcenda os limites da biologia, integrando, por meio da cultura corporal de movimento, as dimensões históricas, sociais, culturais e psicológicas.

Ao utilizar jogos e brincadeiras, o professor deve adotar estratégias didáticas que favoreçam a participação dos alunos quanto às possibilidades de alteração, adaptação e elaboração de novas experiências coletivas.