Depreende-se do texto que a tradicional dicotomia entre trabalho e lazer (1º parágrafo), apontada por Adorno,
a)
deu lugar à falta de tempo livre até mesmo nos momentos destinados ao descanso ou ao entretenimento, fenômeno que, apesar dos avanços da tecnologia, ainda se observa nos dias atuais. |
b)
é reforçada pelo capitalismo tardio, cuja ideia de que “tempo é dinheiro" resulta na depreciação das atividades lúdicas que demandam maior dedicação, como a poesia. |
c)
está circunscrita a um determinado momento histórico em que a exigência de dedicação ao trabalho impedia que a classe dos trabalhadores usufruísse de atividades culturais nos momentos de folga. |
d)
causou a desvalorização de certas atividades mais lentas, como a feitura de poemas, que chegam a levar anos para serem concluídos, em prol de outras mais dinâmicas, como os jogos eletrônicos. |
e)
pressupõe que, na era cibernética, diversas atividades, como a comunicação e a captação de informações, estão mais velozes, proporcionando mais tempo de entretenimento para o indivíduo. |
O segmento em que há uso de expressão irônica, dizendo-se o oposto do que se quer dar a entender no contexto, encontra-se sublinhado em:
a)
e o texto ficará pronto, cedo ou tarde (4º parágrafo) |
b)
as 'atividades de lazer' tomam cada vez mais do tempo livre do indivíduo (1º parágrafo) |
c)
E tanto pode resultar num poema quanto em nada (5º parágrafo) |
d)
que se manifesta como uma preguiça fecunda (último parágrafo) |
e)
numa época em que “tempo é dinheiro" (último parágrafo) |
O segmento em que se introduz uma restrição em relação ao que se afirmou antes está em:
a)
... não há tempo de trabalho normal para a feitura de um poema... (4º parágrafo) |
b)
Paradoxalmente, a revolução cibernética de hoje diminuiu ainda mais o tempo livre. (1º parágrafo) |
c)
Se eu quiser escrever um ensaio... (4º parágrafo) |
d)
Contudo, quase todo mundo se queixa de não ter tempo. (2º parágrafo) |
e)
... que se manifesta como uma preguiça fecunda (último parágrafo) |
Considere as afirmações abaixo.
I. A teoria de que o poeta não deve prejudicar sua necessária preguiça, proposta por T.S. Eliot (3º parágrafo), é corroborada pelo autor do texto, por meio de sua própria experiência pessoal.
II. Ainda que certas atividades, como a feitura de um poema, demandem tempo ocioso, o autor do texto censura o cultivo de uma necessária preguiça, a partir da premissa de que o tempo é escasso e valioso na atualidade.
III. Para o autor, a falta de tempo livre de que a maioria se queixa deve-se ao fato de que, mesmo nos momentos destinados a atividades de lazer, estamos submetidos à dinâmica do desempenho.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a)
II. |
b)
III. |
c)
I e II. |
d)
II e III. |
e)
I e III. |
Considerando-se o contexto, a vacuidade benéfica (3º parágrafo) apontada por Paul Valéry assemelha-se, pelo sentido, a:
a)
expectativas à espreita. (3º parágrafo) |
b)
tempo de trabalho normal. (4º parágrafo) |
c)
produção de uma mercadoria. (4º parágrafo) |
d)
uma ausência sem preço. (3º parágrafo) |
e)
processamento e produção de informação. (2º parágrafo) |
Se não temos mais tempo livre, é porque praticamente todo o nosso tempo está preso. Preso a quê? Ao princípio do trabalho...(2º parágrafo)
Respeitando-se a correção e a clareza, uma redação alternativa para o segmento acima está em:
a)
Como praticamente todo o nosso tempo, encontra-se preso ao princípio do trabalho, isso explica o motivo porque não temos mais tempo livre. |
b)
Posto que, praticamente todo o nosso tempo está preso ao princípio do trabalho, não dispomos mais o tempo livre. |
c)
A quê nosso tempo está preso? Ao princípio do trabalho, por isso não temos mais praticamente nenhum tempo livre. |
d)
As pessoas não tem mais tempo livre, pois praticamente todo o tempo delas está preso: ao princípio do trabalho. |
e)
Compreende-se nossa falta de tempo livre quando se observa que praticamente todo o nosso tempo está preso ao princípio do trabalho. |
Mantendo-se a correção, a supressão da vírgula altera o sentido do segmento que está em:
a)
Paradoxalmente, a revolução cibernética de hoje diminuiu ainda mais o tempo livre. (1º parágrafo) |
b)
Evidentemente, isso não significa que o poeta não faça coisa nenhuma. (5º parágrafo) |
c)
Se eu quiser escrever um ensaio, basta que me aplique... (4º parágrafo) |
d)
... esbanjar o tempo do poeta, que navega ao sabor do poema. (último parágrafo) |
e)
... numa época em que “tempo é dinheiro", a poesia se compraz... (último parágrafo) |
que alguns supõem substituir “velharias" (2º parágrafo)
No contexto, o termo sublinhado acima exerce a mesma função sintática que o sublinhado em:
a)
O tempo livre parece ter encolhido (2º parágrafo) |
b)
Mas o trabalho do poeta é muitas vezes invisível (5º parágrafo) |
c)
permite automatizar grande parte das tarefas (2º parágrafo) |
d)
T.S. Eliot, um dos grandes poetas do século XX, afirma que (3º parágrafo) |
e)
não há tempo de trabalho normal para a feitura de um poema (4º parágrafo) |
Substituindo-se o segmento sublinhado pelo que está entre parênteses, sem que nenhuma outra modificação seja feita, a frase que permanece correta está em:
a)
o trabalho do poeta é muitas vezes invisível para quem o observa de fora (aqueles que) |
b)
o ser se lava das obrigações pendentes (as pessoas) |
c)
quase todo mundo se queixa de não ter tempo (a maioria das pessoas) |
d)
a poesia esbanjou o tempo do poeta (os efeitos poéticos) |
e)
isso não significa que o poeta não faça coisa nenhuma (tais fatos) |
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