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Informações da Prova Questões por Disciplina Prefeitura de Niterói - RJ (Prefeitura Municipal de Niterói) - Professor I - COSEAC (Coordenadoria de Seleção - Universidade Federal Fluminense) - 2016

Língua Portuguesa

Texto I

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

1 -

Considerando-se a estruturação de sentido opositivo do texto até o 10º parágrafo, pode-se depreender que está em DESACORDO com o texto a seguinte afirmação:

a)

Os assaltos eram constantes no condomínio, não obstante as inúmeras medidas adotadas para a segurança dos condôminos.

b)

Muros altos, cercas eletrificadas, grades nas janelas, vigilância redobrada na portaria, enfim, todas as providências foram tomadas para garantir a segurança dos condôminos, contudo nada impedia que o condomíniofosse assaltado.

c)

Os assaltos eram frequentes no condomínio, todavia foram tomadas várias providências relativas à segurança dos condôminos.

d)

Embora fossem tomadas inúmeras providências relacionadas à segurança do condomínio, entretanto elas não foram suficientes para impedir que os assaltos continuassem.

e)

A despeito das inúmeras providências adotadas para garantir a segurança dos condôminos, nada impedia a ação dos assaltantes no condomínio.

Texto II

Leia o texto abaixo e responda às questões

propostas.

Segurança

1 O ponto de venda mais forte do condomínio

era a sua segurança. Havia as mais belas casas, os

jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia,

acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada

por um muro alto. Havia um portão principal com

muitos guardas que controlavam tudo por um

circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio

os proprietários e visitantes devidamente

identificados e crachados.

2 Mas os assaltos começaram assim mesmo.

Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.

3 Os condôminos decidiram colocar torres

com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro

lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no

portão de entrada. Agora não só os visitantes eram

obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus

familiares também. Não passava ninguém pelo

portão sem se identificar para a guarda. Nem as

babás. Nem os bebês.

4 Mas os assaltos continuaram.

5 Decidiram eletrificar os muros. Houve

protestos, mas no fim todos concordaram. O mais

importante era a segurança. Quem tocasse no fio

de alta tensão em cima do muro morreria

eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local

um batalhão de guardas com ordens de atirar para

matar.

6 Mas os assaltos continuaram.

7 Grades nas janelas de todas as casas. Era

o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os

altos muros, e o fio de alta-ensão, e as patrulhas, e

os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado,

erguida dentro do perímetro, não conseguiriam

entrar nas casas. Todas as janelas foram

engradadas.

8 Mas os assaltos continuaram.

9 Foi feito um apelo para que as pessoas

saíssem de casa o mínimo possível. Dois

assaltantes tinham entrado no condomínio no banco

de trás do carro de um proprietário, com um

revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a

casa, depois saíram no carro roubado, com crachás

roubados. Além do controle das entradas, passou a

ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair,

só com um exame demorado do crachá e com

autorização expressa da guarda, que não queria

conversa nem aceitava suborno.

10 Mas os assaltos continuaram.

11 Foi reforçada a guarda. Construíram uma

terceira cerca. As famílias de mais posses, com

mais coisas para serem roubadas, mudaram-se

para uma chamada área de segurança máxima. E

foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode

entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num

local predeterminado pela guarda, sob sua severa

vigilância e por curtos períodos.

12 E ninguém pode sair.

13 Agora, a segurança é completa. Não tem

havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo

seu patrimônio. Os ladrões que passam pela

calçada só conseguem espiar através do grande

portão de ferro e talvez avistar um ou outro

condômino agarrado às grades da sua casa,

olhando melancolicamente para a rua.

14 Mas surgiu outro problema.

15 As tentativas de fuga. E há motins

constantes de condôminos que tentam de qualquer

maneira atingir a liberdade.

16 A guarda tem sido obrigada a agir com

energia.

(VERÍSSIMO, Luiz Fernando. http://www.passeiweb.com/estudos

/livros/comedias_para_se_ler_na_escola)

2 -

Pode-se depreender da leitura do 11º

parágrafo em diante do texto que, após serem

tomadas as medidas para impedir a entrada e a

saída de pessoas do condomínio, acabando com os

assaltos, alguns condôminos se amotinavam e

tentavam fugir por se sentirem:

a)

ainda ameaçados de serem vítimas de novos assaltos.

b)

impedidos de exercer o direito de ir e vir.

c)

totalmente desolados com o excesso de segurança.

d)

prejudicados no exercício de seus direitos legais como proprietários.

e)

aborrecidos por não poderem usufruir das áreas de lazer do condomínio.

3 -

Luiz Fernando Veríssimo é um escritor brasileiro que vem se notabilizando por produzir textos de forte sentido crítico aos costumes da sociedade. A crítica que melhor se adapta ao texto é:

a) a falta de segurança leva as pessoas ao isolamento e lhes restringe a liberdade.
b) a sensação de insegurança decorre da ineficiência dos órgãos de segurança pública.
c) a impunidade responde pelo aumento vertiginoso dos casos de violência contra os cidadãos.
d) a desigualdade social é a principal razão do aumento da criminalidade.
e) a corrupção é um câncer que destrói os tecidos da organização social.
4 -

“Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.” (1º §) Redigindo-se o fragmento acima em um único período, a redação que mantém o sentido original do texto é:

a) Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechadode TV, ainda que só entrassem no condomínio os proprietários e visitantes devidamenteidentificados e crachados.
b) Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV, visto que só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamenteidentificados e crachados.
c) Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV, pois só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.
d) Como só entrassem no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados, havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV.
e) Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV, de modo que só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.
5 -

“Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também.” (3º §) Das alterações feitas no fragmento transcrito acima, aquela em que se altera o sentido aditivo original é:

a) Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá, mas também os proprietários e seus familiares.
b) Agora eram obrigados a usar crachá os visitantes, bem como os proprietários e seus familiares.
c) Agora os visitantes eram obrigados a usar crachá, se bem que os proprietários e seus familiares também.
d) Agora, além dos visitantes, eram obrigados a usar crachá os proprietários e seusfamiliares.
e) Agora tanto os visitantes quanto os proprietários e seus familiares eram obrigados a usar crachá.
6 -

“Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado.” (5º §) Abaixo foram feitas alterações na redação do período transcrito acima. Aquela em que a correlação entre os tempos verbais está gramaticalmente INADEQUADA é:

a) Quem tocar no fio de alta-tensão em cima do muro morrerá eletrocutado.
b) Quem tocar no fio de alta-tensão em cima do muro poderia morrer eletrocutado.
c) Quem tocava no fio de alta-tensão em cima do muro podia morrer eletrocutado.
d) Quem tocou no fio de alta-tensão em cima do muro com certeza morreu eletrocutado.
e) Quem vier a tocar no fio de alta-tensão em cima do muro com certeza morrerá eletrocutado.
7 -

Dos fragmentos do texto abaixo, com os verbos expressos na voz passiva, aquele em que NÃO foi feita a alteração para a voz ativa é:

a) “Toda a área era cercada por um muro alto.” (1º §) / Cercava toda a área um muro alto.
b) “Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível.” (9º §) / Fizeram um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível.
c) “Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas.” (9º §) / Além do controle das entradas, passaram a fazer um rigoroso controle das saídas.
d) “Foi reforçada a guarda.” (11º §) / Reforçaram a guarda.
e) “As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima.” (11º §) / As famílias de mais posses, com mais coisas que podiam ser roubadas, mudaramse para uma chamada área de segurança máxima.
8 -

“Não tem havido mais assaltos.” (13º §) Das alterações feitas na oração acima transcrita, aquela que está INCORRETA em relação às normas da língua padrão é:

a) Não tem ocorrido mais assaltos.
b) Não existem mais assaltos.
c) Não têm acontecido mais assaltos.
d) Não há mais assaltos.
e) Deixou de haver mais assaltos.
9 -

“e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa” (13º §) Feitas as alterações na redação do fragmento acima, pode-se afirmar que houve erro no emprego do acento indicativo da crase em:

a) e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às enormes grades da sua casa.
b) e talvez avistar um ou outro condômino agarrado à grade existente em sua casa.
c) e talvez avistar um ou outro condômino agarrado àquelas grades da sua casa.
d) e talvez avistar um ou outro condômino agarrado à uma grade existente em sua casa.
e) e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às muitas grades da casa.
10 -

“Visitas, só num local predeterminado pela guarda, SOB sua severa vigilância e por curtos períodos.” (11º §) A preposição em destaque acima só NÃO está corretamente empregada em:

a) O assaltante ficou sob a responsabilidade do delegado de polícia.
b) Sob a ponte, junto ao rio, ficava o covil dos assaltantes.
c) O assaltante mantinha sob sua consciência a culpa por muitos crimes.
d) Nenhuma informação havia sob o assaltante que o incriminasse.
e) O condômino permaneceu deitado, sob intenso tiroteio entre policiais e assaltantes.

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