A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a)
aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos. |
b)
é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. |
c)
a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos. |
d)
é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas. |
Alexandre von Humboldt (1769-1859) foi um cientista que analisou o processo das descobertas marítimas do século XVI, classificando-o como um avanço científico ímpar. A descoberta do Novo Mundo foi marcante porque os trabalhos realizados para conhecer sua geografia tiveram incontestável influência no aperfeiçoamento dos mapas e nos métodos astronômicos para determinar a posição dos lugares. Humboldt constatou a importância das viagens imputando-lhes valor científico e histórico.
(Adaptado de H. B. Domingues, “Viagens científicas: descobrimento e colonização no Brasil no século XIX”,
em Alda Heizer e Antonio A. Passos Videira, Ciência, Civilização e Império nos trópicos. Rio de Janeiro: Acess Editora, 2001, p. 59.)
Assinale a alternativa correta.
a)
O tema dos descobrimentos relaciona-se ao estudo da inferioridade da natureza americana, que justificava a exploração colonial e o trabalho compulsório. |
b)
Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimentos e das viagens marítimas e reconhece suas contribuições para a expansão do conhecimento científico. |
c)
Os conhecimentos anteriores às proposições de Galileu foram preservados nos mapas, métodos astronômicos e conhecimentos geográficos do mundo resultantes dos descobrimentos. |
d)
Os descobrimentos tiveram grande repercussão no mundo contemporâneo por estabelecer os parâmetros religiosos e sociais com os quais se explica o processo da independência nas Américas. |
“Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos destes índios pela costa junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto delas ficaram alguns índios em aldeias que são de paz e amigos dos portugueses.”
(Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do Brasil, em http://www.cce.ufsc.br
/~nupill/literatura/ganda1.html. Acessado em 20/08/2012.)
Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito por volta de 1570, naquela época,
a)
as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de solucionar os conflitos entre indígenas e portugueses. |
b)
a violência contra os indígenas foi exercida com o intuito de desocupar o litoral e facilitar a circulação do ouro entre as minas e os portos. |
c)
a fuga dos indígenas para o interior era uma reação às perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou o esvaziamento da costa. |
d)
houve resistência dos indígenas à presença portuguesa de forma semelhante às descritas por Pero Vaz de Caminha, em 1500. |
“Uma pobre mulher, enforcada em 1739 por ter roubado carvão, acreditava que não houvesse pecado nos pobres roubarem os ricos e que, de qualquer forma, Cristo havia morrido para obter o perdão para tais pecadores.”
(Christopher Hill, A Bíblia Inglesa e as revoluções do século XVII. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 608.)
Considerando o trecho acima, podemos afirmar, quanto à sociedade inglesa dos séculos XVII e XVIII, que:
a)
A religião fornecia argumentos para diversos grupos sociais agirem de acordo com seus interesses e necessidades. |
b)
Ainda dominava na sociedade inglesa a ideia da necessidade da confissão intermediada pela Igreja para perdão dos pecados. |
c)
A reforma anglicana, ao atacar a propriedade privada, distanciou-se das elites inglesas e tornou-se a religião dos pobres. |
d)
As revoluções Puritana e Gloriosa foram um obstáculo ao desenvolvimento burguês da Inglaterra e contrapunham-se à relação entre religião e política |
As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris, se caracterizavam
a)
pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência. |
b)
pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso europeu. |
c)
pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus. |
d)
pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo. |
Assinale a afirmação correta sobre a política no Segundo Reinado no Brasil.
a)
Tratava-se de um Estado centralizado, política e administrativamente, sem condições de promover a expansão das forças produtivas no país. |
b)
O imperador se opunha ao sistema eleitoral e exercia os poderes Moderador e Executivo, monopolizando os elementos centrais do sistema político e jurídico. |
c)
O surgimento do Partido Republicano, em 1870, institucionalizou uma proposta federalista que já existia em momentos anteriores. |
d)
A política imigratória, o abolicionismo e a separação entre a Igreja e o Estado fortaleceram a monarquia e suas bases sociais, na década de 1870. |
Em discurso proferido no dia 12/03/1947, o presidente dos EUA, Harry Truman, afirmou: “O governo grego tem operado numa atmosfera de caos e extremismo. A extensão da ajuda a esse país não quer dizer que os Estados Unidos estão de acordo com tudo o que o seu governo tem feito ou fará. No momento atual da história do mundo quase todas as nações se veem na contingência de escolher entre modos alternativos de vida. E a escolha, frequentes vezes, não é livre.”
(Harold C. Syrett (org.), Documentos Históricos dos Estados Unidos.
São Paulo: Cultrix, 1980, p. 316-317.)
Considerando o discurso do presidente Truman, bem como os processos históricos do pós-Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar que:
a)
A “contingência de escolher entre modos alternativos de vida” se referia à escolha entre o fascismo alemão e a democracia liberal. |
b)
O caos do governo grego era uma referência aos problemas da Grécia com o Mercado Comum Europeu e a necessidade de ajuda ao governo de Atenas. |
c)
O discurso nasceu do declínio do auxílio britânico na região da Grécia e da ascensão norte-americana no contexto da Guerra Fria. |
d)
O discurso é uma resposta ao Plano Marshall, que o governo de Londres tentava impor à Grécia, por meio do Banco Central Europeu. |
O estudo da Ilustração nunca mais foi o mesmo após o holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A crença ingênua no poder regenerador da razão inviabilizou-se. Estilhaçou-se a cômoda certeza de que as Luzes foram a filosofia da burguesia triunfante, e dos quatro pontos da Europa surgiram evidências acerca da amplitude e variação do fenômeno, que não caberia mais considerar nem apenas burguês, nem eminentemente francês, nem restrito ao século XVIII.
(Adaptado de Laura de Mello e Souza, em http://www.revistadehistoria.com.br
/secao/artigos/as-paixoesintelectuais. Acessado em 20/08/2012.)
A partir do texto, é correto afirmar que:
a)
A experiência do holocausto, no século XX, pode ser interpretada como a negação do projeto das Luzes, porque rejeita a eficácia do poder do Estado. |
b)
A compreensão das Luzes não se prende à explicação do triunfo da burguesia, exigindo um estudo mais amplo sobre seus impactos na Europa. |
c)
O projeto das Luzes difundia o ideário do progresso e, contraditoriamente, ensejava o conhecimento científico. |
d)
O ideário das Luzes ajuda a compreender as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX, que defendiam a intolerância religiosa. |
Na América Latina, África, Ásia e Europa, a violência deixou uma marca de sofrimento e luto no contexto de regimes ditatoriais, guerras civis ou invasões ao longo do século XX. Passados os conflitos, as próprias sociedades têm buscado estabelecer a verdade sobre os crimes ocorridos. Neste contexto, mais de 30 países do mundo criaram Comissões da Verdade, que são organismos de investigação não judiciais.
(Adaptado de Museo de la Memória y los Derechos Humanos, em http://www.museodelamemoria.cl
/el-museo/sobre-elmuseo/ comisiones-de-verdad/. Acessado em 20/08/2012.)
As Comissões da Verdade
a)
surgiram em países que tiveram experiências traumáticas, como as ditaduras no Chile e Brasil, e foram organizadas durante as lutas de resistência aos regimes ditatoriais. |
b)
sustentam que o conhecimento do passado interessa às vítimas e seus familiares, devendo ficar restrito a esse universo privado. |
c)
constituem instrumento político que tem como objetivo o estabelecimento de sentenças judiciais aos culpados e o pagamento de indenizações às vítimas. |
d)
existem em vários países, o que indica que as práticas autoritárias não foram um fenômeno de uma só nação, nem se restringiram a uma única forma de conflito. |
A imagem abaixo mostra um local por onde passa o Trópico de Capricórnio. Sobre o Trópico de Capricórnio podemos afirmar que:
a)
É a linha imaginária ao sul do Equador, onde os raios solares incidem sobre a superfície de forma perpendicular, o que ocorre em um único dia no ano. |
b)
Os raios solares incidem perpendicularmente nesta linha imaginária durante o solstício de inverno, o que ocorre duas vezes por ano. |
c)
Durante o equinócio, os raios solares atingem de forma perpendicular a superfície no Trópico de Capricórnio, marcando o início do verão. |
d)
No início do verão (21 ou 22 de dezembro), as noites têm a mesma duração que os dias no Trópico de Capricórnio. |
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