Atenção: Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o texto abaixo.
Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40 000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial.
Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. "O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer.
Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: "Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos". O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata).
Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII.
(Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012)
De acordo com o texto,
a)
durante os séculos XVI e XVII, os produtos orientais, especialmente aqueles que eram negociados na China, constituíram a base do comércio europeu, em que se destacou a Holanda. |
b)
a eficiência administrativa de uma empresa comercial criada na Holanda, durante o século XVII, favoreceu o surgimento desse país como um dos polos iniciais do fenômeno da globalização |
c)
a atração por produtos exóticos, de origem oriental, determinou a criação de empresas transnacionais que, durante os séculos XVI e XVII, dominaram o comércio entre Europa e Ásia. |
d)
a China, beneficiada pelo comércio desde o século XVI, rivalizou com a Holanda no predomínio comercial, em razão da grande procura por seus produtos, bastante cobiçados na Europa. |
e)
apesar do intenso fluxo de comércio com o Oriente no século XVII, as mudanças de valores por influência de costumes diferentes aceleraram o declínio da superioridade comercial holandesa. |
... daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais ... (1.º parágrafo)
Dados constantes do texto, que confirmam a observação acima, dizem respeito
a)
ao aprendizado de novos modelos de comércio entre nações geograficamente distantes e à influência chinesa no continente europeu. |
b)
às grandes descobertas que marcaram os séculos XVI e XVII e à possibilidade de comércio com a França. |
c)
ao grande número de comerciantes que saíam da Holanda para o Oriente e ao contato com novos idiomas e diferentes modos de vida. |
d)
ao espírito de liberdade na busca de produtos ainda desconhecidos por eventuais consumidores europeus e ao acúmulo de riqueza. |
e)
à superioridade administrativa da Companhia das Índias Orientais e ao comércio ultramarino de produtos de origens diversas. |
Isso determinou mudanças de comportamento e de valores ... (3.º parágrafo)
O pronome grifado evita a repetição, no texto, da expressão:
a)
o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio. |
b)
a primeira onda da chamada globalização. |
c)
a derrota em uma guerra contra a França. |
d)
o desejo irreprimível dos ocidentais. |
e)
a injeção de riqueza na economia local. |
"O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento". (2.º parágrafo)
O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. (3.º parágrafo)
Considerando-se o contexto, as expressões grifadas nas afirmativas acima seriam corretamente substituídas, respectivamente, por:
a)
o caminho fictício - A causa desse impulso. |
b)
o desejo consumista - A busca de riqueza. |
c)
o intenso comércio - A cobiça de bens. |
d)
a finalidade lucrativa - O motor desse fenômeno. |
e)
a onda inicial - A curiosidade pelo desconhecido. |
A Companhia das Índias Orientais - a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 - foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a)
especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio. |
b)
contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada. |
c)
enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa. |
d)
enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa. |
e)
busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio. |
A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local.
A afirmativa acima está corretamente transcrita, com lógica e clareza, em:
a)
De início, os governantes chineses acabaram aceitando o comércio exterior, pois trazia riqueza na economia local, o que era contrário às evidências. |
b)
A riqueza que entrava na economia local através do comércio com o exterior, os governantes chineses aceitaram esses resultados, apesar de ser contrários a eles. |
c)
O comércio com outras nações no exterior, os governantes chineses acabaram percebendo a entrada de riquezas na economia local, mesmo se opondo a ele de início. |
d)
Intrigados com a origem exterior do comércio, os governantes chineses evidenciaram que o tal comércio trazia riqueza para a economia desse local. |
e)
Os governantes chineses que, de início, se opunham à abertura comercial com outras nações, mudaram seu posicionamento ao perceberem os resultados econômicos desse comércio. |
Atenção: Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o Texto I, abaixo.
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Desenvolvimento sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que "atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas".
Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando- se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.
(Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305, 3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)
O sentido do Texto I está corretamente exposto em:
a)
Tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas. |
b)
Só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo. |
c)
O conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente. |
d)
Desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação ambiental. |
e)
O sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes. |
... que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.
O sentido da afirmativa acima está corretamente reproduzido, em linhas gerais e com outras palavras, em:
a)
o preço do crescimento econômico está além dos impactos oferecidos ao meio ambiente pela atuação do homem, com os seus valores sociais e ambientais. |
b)
o crescimento econômico está acima de qualquer valor, seja ele social ou ambiental, mesmo se for considerado os efeitos da atuação do homem no ambiente. |
c)
nada deve impedir a busca do crescimento econô- mico, que precisa ter o seu valor estabelecido, onde for necessário a presença humana e os impactos dela. |
d)
não se deve buscar o crescimento econômico a todo custo, sem levar em consideração os valores sociais e os efeitos decorrentes da interferência humana no meio ambiente. |
e)
com os impactos ambientais da ação humana, sendo que o crescimento econômico tem seu preço, qualquer que seja os valores sociais e ambientais gerados por ele. |
Atenção: Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o Texto II, abaixo.
Em 2012, a ferrovia Madeira-Mamoré, que cruzava 364 quilômetros da Floresta Amazônica, completou 100 anos. Mais de 5 mil operários, entre os 60 mil contratados, morreram vítimas de doenças tropicais durante a construção da estrada de ferro, entre 1907 e 1912. A ferrovia foi concebida para transportar a borracha vinda da Bolívia até o rio Madeira e, de lá, para o Oceano Atlântico, mas se tornou obsoleta antes mesmo de ser finalizada, devido à decadência do ciclo seringueiro na Amazônia.
Desativada parcialmente em 1966, e por completo em 1972, a ferrovia foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e terá 7 quilômetros de vias recuperadas pela empresa que constrói a hidrelétrica de Santo Antônio, como uma das compensações pelo impacto ambiental provocado pela obra. A recuperação depende do deslocamento das famílias residentes nos trilhos do trecho que será destinado aos passeios turísticos. Foram recuperados a antiga estação ferroviária de Porto Velho, alguns vagões e o paisagismo original.
(Adaptado de: Horizonte Geográfico, n.º 144, ano 25. p. 13)
O Texto II informa claramente que
a)
a extensão da Floresta Amazônica foi o principal obstáculo para o funcionamento da ferrovia. |
b)
toda a área ambiental em torno da ferrovia Madeira- Mamoré deverá ser recuperada. |
c)
moradores da região amazônica impedem a reativação da ferrovia Madeira-Mamoré. |
d)
a ferrovia Madeira-Mamoré tem sido importante meio de transporte de borracha na Amazônia. |
e)
um pequeno trecho da antiga ferrovia Madeira- Mamoré será destinado ao turismo. |
... mas se tornou obsoleta antes mesmo de ser finalizada ...
O fato que justifica a afirmativa acima está expresso em:
a)
atrasos na construção da ferrovia. |
b)
insalubridade da floresta, que originava doenças. |
c)
declínio do comércio da borracha, na época. |
d)
desativação parcial da ferrovia, em 1966. |
e)
alteração da extensão inicial da ferrovia. |
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