Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Há quase cem anos, um adolescente mineiro foi expulso do colégio de jesuítas onde estudava. Seu nome: Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).
O motivo da expulsão também ganhou notoriedade: a “insubordinação mental” de que o acusavam tornou-se, com o passar dos anos, uma das muitas distinções da biografia do poeta.
Também mineiro, e com a mesma idade (17 anos) que tinha o escritor naquele episódio, o estudante Ciel Vieira “insubordinou-se”, por assim dizer, diante de uma professora de geografia do seu colégio, na cidade de Mirai, a 335 km de Belo Horizonte.
A professora tinha por hábito iniciar as aulas rezando o Padre Nosso. Ateu, o estudante não acompanhou a classe na oração. A professora reagiu, dizendo ao jovem que ele não tinha Deus no coração e nunca seria nada na vida.
O caso ganhou repercussão, dando respaldo à atitude do estudante – que, com razão, não vê motivo para ser obrigado a rezar numa escola da rede pública.
Seria mais confortável, é claro, fingir uma adesão superficial ao rito. A atitude de independência do estudante se inscreve, todavia, num clima ideológico e cultural que se diferencia dos padrões de indiferença e acomodação típicos do Brasil de algumas décadas atrás.
(Editorial da Folha de S.Paulo, 06.04.2012)
O caso ganhou repercussão, dando respaldo à atitude do estudante – que, com razão, não vê motivo para ser obrigado a rezar numa escola da rede pública.
Nessa passagem, o editorial defende o(a)
a)
liberdade de expressão de ideias antirreligiosas. |
b)
papel controlador da escola pública. |
c)
pouca relevância da disciplina escolar. |
d)
caráter laico da escola pública. |
e)
dever de adaptação ao ambiente escolar. |
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