Os robôs têm se mostrado ferramentas valiosas para soldados, cirurgiões e pessoas que desejam limpar seu carpete. Mas, em cada caso, eles são projetados e construídos especificamente para uma tarefa. Agora existe um movimento que pretende construir máquinas multifuncionais − robôs que naveguem mudando de ambientes como escritórios ou salas de estar e trabalhem com as próprias mãos. É claro que robôs multiuso não são uma ideia nova. “Faz cerca de 50 anos que faltam cinco ou dez anos para que isso aconteça”, ironiza Eric Berger, codiretor do Programa de Robótica Pessoal da Willow Garage, empresa iniciante do Vale do Silício. A demora deve-se em parte ao fato de que mesmo tarefas simples requerem um grande conjunto de habilidades. Para que busque uma caneca, por exemplo, um robô precisa processar dados coletados por uma série de sensores − scanners a laser que identificam possíveis obstáculos, câmeras que procuram o alvo, resposta de sensores de força nos dedos para segurar a caneca, e muito mais. Mas Berger e outros especialistas estão confiantes em relação a um progresso real que possa ser obtido na próxima década.
(Adaptado de Gretory Mone. O robô faz-tudo. Scientific American Brasil. Ano 8, n. 92, 01/2010, p.39)
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