Amor choviá. Chuvesricou. Tava lavando roupa, maninha Quando Boto me pegou. – Ó Joaninha Vintém, Boto era feio ou não? – Ai era um moço loiro, maninha, tocador de violão. Me pegou pela cintura... – Depois o que aconteceu? – Gente! Olhe a tapioca embolando nos tachos – Mas que Boto safado!
(Raul Bopp. Cobra Norato, s/d.)
Cobra Norato foi escrito, segundo seu autor, em 1928 e publicado três anos depois. O poema explora, esteticamente,
a)
lendas amazônicas e falas populares, bem de acordo com o ideário do modernismo brasileiro. |
b)
fontes da cultura erudita luso-brasileira, expressas pelos escritores portugueses e brasileiros do século XIX. |
c)
relatos míticos consagrados e divulgados milenarmente desde os tempos clássicos e antigos da Grécia e de Roma. |
d)
aspectos sérios e tristonhos da cultura popular brasileira, presentes, sobretudo, na mitologia dos povos tupinambás. |
e)
narrativas originárias da África, transmitidas pelos escravos e recolhidas no patrimônio do folclore brasileiro. |
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