Atenção: Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o texto abaixo.
“O cacau brasileiro de qualidade vem ganhando espaço no mercado internacional.” A afirmação é do presidente da Câmara Setorial do Cacau. Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se segue a uma devastadora crise na produção brasileira. E o motor dessa retomada é o cacau fino.
No século passado, o Brasil chegou a ser o segundo maior produtor mundial de cacau. Em 1989, entretanto, a praga denominada vassoura-de-bruxa devastou os cacaueiros da Bahia e mudou a vida dos produtores da região.
Atualmente, dois terços da produção mundial de cacau são cultivados na África. No ranking de países produtores, o Brasil ocupa o quinto lugar. A Bahia responde por 70% da produção nacional.
Mas o cacau fino da região tem surpreendido. Grandes empresas do mercado mundial hoje fabricam chocolates finos com cacau baiano de alta qualidade. “Esse é um caminho sem volta”, prevê um cacauicultor. “O mundo aponta para alimentos rastreados e de qualidade.” Para produzir uma amêndoa diferenciada, os produtores baianos investem em tecnologia, treinamento e remuneração da mão de obra.
Enquanto menos cacau comum é enviado ao exterior, aumenta a exportação da amêndoa de alta qualidade. Os mercados-alvo para esse produto são Bélgica, Suíça, Holanda, Estados Unidos e Japão.
Nos últimos dez anos, o brasileiro passou a comer mais chocolates e o consumo interno aumentou. Os produtores acreditam que, com o tempo, o mercado interno brasileiro atrairá também um número maior de consumidores de chocolates finos. “Atrás de um produto de qualidade, cria-se toda uma cadeia de sustentabilidade, seja ela social ou ambiental”, avalia um produtor.
A maior parte das propriedades da Costa do Cacau, a região do sul da Bahia compreendida por municípios produtores, utiliza o sistema cabruca, no qual os cacaueiros são cultivados à sombra das árvores da Mata Atlântica. Essa característica do cultivo ajuda na conservação das espécies florestais e da fauna silvestre, além de preservar as fontes hídricas.
(Adaptado de: Suzana Camargo. Revista PIB, 12/07/2012 - www.passeiweb.com. Adaptado.)
Considere o trecho abaixo:
Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se segue a uma devastadora crise na produção brasileira. E o motor dessa retomada é o cacau fino. (1.º parágrafo)
Mantém-se a correção do trecho acima, substituindo-se
I. os dois-pontos por ponto e vírgula.
II. “E” por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida adaptação de maiúsculas e minúsculas.
III. “a uma devastadora” por “à devastadora”.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
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b) II.
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c) I e II.
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d) I e III.
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e) I.
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d) I e III. é possível substituir 2 pontos por ponto e vírgula antecedendo uma explicação ou esclarecimento.E pode-se substituir “a uma devastadora” por “à devastadora” porque o artigo indefinido dá lugar ao definido, o que exige crase. Não é possível converter o último período em oração coordenada aditiva porque a informação contida na oração não qualifica o complemento nominal que aparece por último na oração anterior. Destarte, uma pausa maior do que vírgula é necessária.
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