As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”.
(www.istoe.com.br)
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) seguinte(s).
De acordo com o autor, o desempenho dos estudantes cotistas
a)
ratifica a ideia de que as cotas lograram êxito no sistema educacional brasileiro. |
b)
reforça a ideia de que os cursos mais concorridos são difíceis de acompanhar. |
c)
sugere que a avaliação atual é menos democrática e mais difícil que no passado. |
d)
revela a necessidade de que seja feita uma ampla revisão no sistema de cotas. |
e)
sinaliza diferenças expressivas nas universidades públicas brasileiras. |
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