O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.
(Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.)
No romance Vidas secas, a alteridade é construída ficcionalmente. Isso porque o narrador
a)
impõe seu ponto de vista sobre a miséria social das personagens, desconsiderando a luta dessas personagens por uma vida mais digna. |
b)
permite conhecer o ponto de vista de cada uma das personagens e manifesta um juízo crítico sobre o drama da miséria social e econômica. |
c)
relativiza o universo social das personagens, uma vez que elas estão privadas da capacidade de comunicação. |
d)
analisa os dilemas de todas as personagens e propõe, ao final da narrativa, uma solução para o drama da miséria social e econômica. |
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