1 Quase toda família de classe média brasileira tem uma trabalhadora doméstica ou uma diarista. Estima-se que mais de 6 milhões de mulheres exerçam essa função no país, 4 das quais cerca de 100 mil são sindicalizadas. Apesar dessa expressividade, o grupo ainda não conquistou direitos básicos de outras categorias, mantendo semelhanças, em 7 alguns aspectos, com os escravos do Brasil Colônia. De acordo com estudo do sociólogo Joaze Bernardino-Costa, após 70 anos de história de organização 10 política, esse público continua privado, por exemplo, da regulamentação da jornada de trabalho e do FGTS, que hoje é facultativo e depende da boa vontade do empregador. 13 Segundo Bernardino-Costa, as autoridades e a sociedade devem ser mais sensíveis à categoria, que reúne um conjunto único de características ligadas à exclusão. 16 Primeiro, encontram-se na base da pirâmide social, tradicionalmente subjugada pelas demais classes. Em segundo lugar, exercem atividades que se aproximam de 19 reminiscências da escravidão. Por fim, abrangem, em sua maioria, um público ligado a três fatores históricos de discriminação: gênero, classe e raça. 22 Desta forma, a agenda política das domésticas incorpora um ponto de vista único e estratégico, uma vez que vivenciam, na prática, a bandeira de diferentes 25 movimentos. “As trabalhadoras domésticas nos impõem a revisão do nosso pacto de nação”, diz o pesquisador.
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No trecho “Primeiro (...) raça” (L.16-21), o presente do indicativo dos verbos é empregado pelo autor para:
a)
narrar as conquistas históricas das trabalhadoras domésticas. |
b)
atenuar o tom imperativo da mensagem que está sendo transmitida. |
c)
expressar ações habituais atribuídas às autoridades e à sociedade. |
d)
designar ações que ocorrerão em um futuro próximo. |
e)
enunciar fatos que caracterizam a categoria das trabalhadoras domésticas. |
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