“A história da filosofia no seu conjunto outra coisa não seria senão um campo de batalha coberto somente dos ossos dos mortos; um reino não só de indivíduos mortos, fisicamente findos, mas também de sistemas refutado, e por conseguinte espiritualmente finado, cada um dos quais matou e sepultou o precedente.” (HEGEL, Introdução a história da filosofia. Col. Os Pensadores, 1974 p. 339) Para Hegel, a compreensão da história da filosofia se ocupa da própria filosofia, assim, não se pode afirmar que
a) quem tiver estudado e compreendido uma filosofia, contando que seja filosofia, por isso mesmo compreendeu a filosofia. Aquela maneira enganadora de raciocinar que somente olha a diversidade, por aversão e medo do particular no qual só se atua o universal, não conseguirá nunca captar e reconhecer esta universalidade.
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b) a filosofia tem a tarefa de captar, pensando e compreendendo, a verdade, mesmo que seja verificar que nada se pode conhecer, mas apenas conhecer uma verdade passageira, uma verdade finita, extemporânea, uma verdade que ao mesmo tempo não é verdadeira.
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c) na história da filosofia há um nexo essencial no movimento do espírito pensante, onde domina a razão. Não foi excogitada arbitrariamente por indivíduos singulares de maneira diferentes umas das outras.
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d) toda filosofia nova sustenta que todas as outras nada valem; toda filosofia se ergue com a pretensão não somente de refutar as filosofias precedentes, mas de corrigir além disso os defeitos e de suprir as imperfeições delas e de ter encontrado finalmente a verdade.
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e) a verdade é uma, o instinto da razão mantém invencível esse sentimento e essa fé. Se assim é, só uma filosofia pode ser verdadeira; mas, uma vez que na realidade das filosofias são diversas, daí se deduz que as restantes são errôneas: sucede, porém, que cada uma, por seu turno, assevera, sustenta e prova ser ela a verdadeira.
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