Móbil, instável, e mais ainda dispersa, a população na Colônia devia provavelmente angustiarse diante da dificuldade desedimentar laços primários. E note-se que essa dispersão decorre
diretamente dos mecanismos básicos da colonização de tipo plantation.
(NOVAIS, Fernando A.Condições da privacidade na colônia. IN: NOVAIS, Fernando A. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.21)
A relação mencionada no texto resulta
a) da interiorização do processo de ocupação do território colonial, estimulada pela economia açucareira, que motivou o desenvolvimento de intensas redes internas de trocas comerciais.
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b) da homogênea distribuição da população na área litorânea, possibilitada pelo cultivo da cana-de-açúcar, em detrimento das demais regiões do interior do território colonial.
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c) de um quadro econômico no qual a adoção da mão de obra escrava de origem africana contribuiu para um esvaziamento demográfico do território, na medida em que desestimulou fluxos migratórios.
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d) da distribuição irregular da população pelo território colonial, em função da tendência à maior concentração demográfica nas áreas de cultivo da cana-de-açúcar, que representava uma atividade capaz de reproduzir-se multissecularmente.
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e) do caráter não itinerante da ocupação, já que o cultivo da cana-de-açúcar não apresentava natureza predatória, mas estimulava uma rede de relações comerciais que se expandia por todo o território colonial.
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