Numa palestra para alunos de direito, na disciplina “Redação e linguagem jurídica”, Theotonio Negrão abordou o tema “A linguagem do advogado”. Transcreve-se um trecho de sua apresentação oral, que foi gravada e transcrita preservando-se a linguagem utilizada na interação com os graduandos. À primeira vista, a correção da linguagem é fundamental para o advogado. E por que fundamental? Não por patriotismo, mas porque o advogado que não consegue ter uma linguagem correta não consegue exprimir adequadamente seu pensamento. [...]
A linguagem tem uma certa dignidade e essa dignidade deve ser atingida pelo advogado, que não deve transigir. [...]
E a clareza é absolutamente necessária. O palestrante assinala que, entretanto, o óbvio, aquilo que se chama de óbvio ululante, deve ser evitado. Afirma, ainda, sobre o uso da palavra: Cada palavra deve ser necessária, não deve haver palavras sobrando, nem faltando.
Tomando como parâmetro os comentários do palestrante, a frase que se revela totalmente adequada é:
a)
Não tergiverse - como sói acontecer -, pois, ao invés de solucionarmos o problema dos reincidentes, o postergaremos, e eu, obcecado na ideia de recuperá-los, mais uma vez verei freados meus esforços. |
b)
Disse-lhe sem rodeios: Meritíssimo Senhor, protesto contra vossa humildade; acaso não mereceis o título que vos oferecem? E Sua Excelência retrucou que não era dado a tais honrarias. |
c)
Sempre tachando de mau-caráter quem não lhe cedia às vontades, tratava com arrogância o colega que lhe inflingia crítico distanciamento, sem ao menos se dignar a cumprimentá-lo. |
d)
De tanto deparar-se com a ex-cunhada a achacar o irmão e o sobrinho, resolveu, e o fez prazerosamente, denunciá-la por extorsão, a despeito de como isso o afetaria emocionalmente. |
e)
Parece terem havido muitos casos de mendigância na cidade, a que excedem, sem dúvida, os casos de relutância contra as novas maneiras de abordagem, mesmo por parte de associações beneficentes. |
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