O Brasil deu um passo importante ao estabelecer um Plano Nacional de Mudanças Climáticas com metas para a redução do desmatamento da Amazônia e, por consequência, das emissões de gases do efeito estufa. O documento, porém, deixa uma lacuna em relação às adaptações aos danos que devem ser provocados pelo aquecimento global, mesmo se as emissões fossem zeradas hoje. A opinião é de ambientalistas e cientistas envolvidos com a questão.
Isso é reflexo de um problema fundamental: o Brasil pouco conhece sua vulnerabilidade às alterações do clima. Com base em uma série de estudos sabe-se, por exemplo, quanto a temperatura deve subir em cada região, que a Amazônia pode sofrer um processo de savanização e que a elevação do nível do mar pode pôr em risco a cidade do Recife. Pesquisas mostram também que várias culturas agrícolas devem ser afetadas no país, em especial a de soja, e que a região Nordeste será a mais afetada, com intensificação do processo de desertificação e perdas significativas no PIB.
Mas ainda faltam dados regionalizados que possam servir de instrumento para a criação de políticas de adaptação. Item pouco estudado é o da precipitação de chuvas, necessário para identificar a vulnerabilidade das cidades. Só com esses dados será possível prever enchentes e seu impacto na infraestrutura dos municípios, em sua economia e na saúde da população. A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente admite a falha. “A verdade é que, por muito tempo, houve uma resistência em todo o mundo: discutir adaptação era como jogar a toalha. Como se, ao admitir que vai esquentar mesmo, estaríamos desistindo de atuar em mitigação. Hoje não se pensa mais assim. Mitigação e adaptação são complementares, mas isso é muito complexo quando não se sabe direito o que vai ocorrer e onde. É um item mais fraco no plano, porque o conhecimento das vulnerabilidades é menor.”
(Adaptado de Marcio Silva. O Estado de S. Paulo, Especial H4, 5 de dezembro de 2008)
Dizem que a preocupação excessiva com o ambiente é obstáculo para o desenvolvimento.
Quando a preocupação com o ambiente não é levada em conta, ocorrem tragédias.
Enchentes afetaram vários municípios brasileiros.
A população de várias cidades sofreu graves consequências com enchentes.
As frases acima articulam-se num único período com clareza, correção e lógica em:
a)
Enchentes afetaram vários municípios brasileiros, a cuja população sofreu graves consequências com elas, daí a preocupação excessiva com o ambiente e mesmo se ocorrem tragédias, é obstáculo para o desenvolvimento. |
b)
A população de várias cidades vem sofrendo graves consequências com enchentes, as quais afetaram vários municípios brasileiros, embora dizem que a preocupação excessiva com o ambiente é obstáculo para o desenvolvimento que, se não for considerada, ocorrem tragédias. |
c)
Mesmo quando dizem que a preocupação excessiva com o ambiente é obstáculo para o desenvolvimento embora essa preocupação não é levada em conta, ocorrem as enchentes, tragédias com a população sofrendo graves consequências com elas, que afetaram vários municípios brasileiros. |
d)
Apesar de dizerem que a preocupação excessiva com o ambiente é obstáculo para o desenvolvimento, quando ela não é levada em conta ocorrem tragédias como as enchentes que afetaram vários municípios brasileiros, com graves consequências à população. |
e)
Quando não se leva em conta a preocupação com o ambiente, ocorrem tragédias como se diz, que a preocupação excessiva com o ambiente é obstáculo para o desenvolvimento as quais acabam afetando vários municípios brasileiros, que a população sofreu graves consequências com essas enchentes. |
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