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Comentários / TRE - Goiás - Analista Judiciário - Judiciária - CESPE - UnB - 2009 - Prova Objetiva


A crítica da razão indolente

1             A ciência moderna teve de lutar com um inimigo
              poderoso: os monopólios de interpretação, fossem eles a
              religião, o estado, a família ou o partido. Foi uma luta
4             travada com enorme êxito e cujos resultados positivos vão
              ser indispensáveis para criar um conhecimento
              emancipatório pós-moderno. O fim dos monopólios de
7             interpretação é um bem absoluto da humanidade.
              No entanto, como a ciência moderna colonizou as
              outras formas de racionalidade, destruindo, assim, o
10            equilíbrio dinâmico entre regulação e emancipação, em
              detrimento desta, o êxito da luta contra os monopólios de
              interpretação acabou por dar lugar a um novo inimigo, tão
13            temível quanto o anterior, e que a ciência moderna não
              podia senão ignorar: a renúncia à interpretação,
              paradigmaticamente patente no utopismo automático da
16            tecnologia e também na ideologia e na prática consumistas.

Boaventura de Sousa Santos. A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2007, p. 95 (com adaptações).

Questão:

No desenvolvimento das ideias do texto, introduz-se uma ideia de causa com o uso:

Resposta errada
a)

de "para" (l.5).

Resposta correta
b)

de "como" (l.8).

Resposta errada
c)

de "destruindo" (l.9).

Resposta errada
d)

do sinal de dois-pontos depois de "ignorar" (l.14).

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