A globalização atual adota formas brutais para impor mudanças que levam à necessidade urgente de rever o que fazer com as coisas, as idéias e também com as palavras. Trata-se de uma dupla tirania: do dinheiro e da informação. Esta imposição é externa aos países e movida por empresas mundiais que competem entre si, sobrevivendo as que têm mais-valia maior. Segundo Santos (2001), qual o efeito, nos países, dessa imposição por mudanças?
a)
Os países se tornam mais definidos em sua identidade nacional, como reação dialética à tendência de homogeneização. Há uma busca interna de avanço tecnológico para não desaparecer na feroz competição que se trava entre as economias nacionais. Nesse movimento, é freqüente os estados se tornarem autoritários. |
b)
O efeito não é uniforme para todos os países. Quando o país é adiantado na economia e na tecnologia, sua identidade é reforçada e todas as camadas sociais beneficiam-se da mais-valia. Já os atrasados, chegam a "negar" sua identidade cultural e têm a maioria da população pauperizada e uma minoria enriquecida. |
c)
É um efeito fragmentador, pela imposição da competição e do individualismo que solapam os vínculos de solidariedade; há também um efeito de enraizamento de cada um a seu território, na forma de bens imóveis, como contrapartida da velocidade das mudanças. |
d)
É um efeito aglutinador sobre os países como totalidades político-econômicas, fazendo com que formem blocos para competirem com mais força no mercado global. Em cada país, os estados nacionais, mesmo as ditaduras, sofrem um processo de modernização tecnológica, para viabilizar o funcionamento dos blocos. |
e)
É um efeito fragmentador. As fronteiras se tornam porosas para o dinheiro e a informação; os países, enquanto estrutura em movimento, perdem visibilidade; o estado se omite quanto aos interesses das populações e se torna mais forte e ágil, mais presente, ao serviço da economia dominante. |
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