Ser assistente social no tempo presente, “exige um profissional culturalmente versado e politicamente atento ao tempo histórico; atento para decifrar o não-dito, os dilemas implícitos no ordenamento epidérmico do discurso autorizado pelo poder; exige competência estratégica e técnica (ou técnico-política) que não reifica o saber fazer, subordinando-o à direção do fazer. Os rumos e estratégias de ação são estabelecidos a partir da elucidação das tendências presentes no movimento da própria realidade, decifrando suas manifestações particulares no campo sobre o qual incide a ação profissional. Uma vez decifradas, essas tendências podem ser acionadas pela vontade política dos sujeitos, de modo a extrair estratégias de ação reconciliadas com a realidade objetiva, de maneira a preservar sua viabilidade, reduzindo assim a distância entre o desejável e o possível" (Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. (CFESS, 2009. O significado sócio histórico das transformações da sociedade contemporânea. IAMAMOTO, 2009, p.17). (Texto adaptado).
Tomando por base a reflexão da autora acerca do Serviço Social na contemporaneidade, infere-se que:
a) É fundamental a luta pela afirmação dos direitos de cidadania, que reconheça as necessidades e interesses dos sujeitos sociais, enquanto parte do processo de acumulação de forças em direção a uma forma de desenvolvimento social inclusiva para todos os indivíduos sociais.
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b) É fundamental dar uma direção social que venha atender parte dos direitos de cidadania dos indivíduos que ainda são produtivos para o capital.
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c) O trabalho do profissional deve ter uma direção inspirada em análises que naturalizam a vida social e traduzido numa visão fatalista da profissão.
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d) Cabe ao profissional de Serviço Social aperfeiçoar formal e burocraticamente as tarefas que são atribuídas aos quadros profissionais pelos demandantes da profissão.
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e) Cabe ao profissional privilegiar as intenções do sujeito profissional individual em detrimento da análise histórica do movimento do real, numa visão “heróica” e ingênua das possibilidades revolucionárias do exercício profissional.
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