Em seu conhecido artigo publicado em 1992 sobre a relação entre história e memória (A história, cativa da memória?), Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses rejeita o senso comum que associa a memória a mecanismo de registro e retenção de informações.
Para o autor,
a)
a história confunde-se com a memória, pois ambas são operações ideológicas e processos psicossociais de representação do mundo. |
b)
a memória está enraizada no passado, e seu legado, na contemporaneidade, é representado pelas instituições de custódia de documentos, como os museus, arquivos e organismos congêneres. |
c)
a memória nacional é a somatória das memórias de diferentes grupos que, em razão de seus frágeis laços de coesão interna, acabam por se integrar à grande comunidade da nação. |
d)
uma espécie de militância da memória como bandeira política tem estimulado movimentos sociais e mobilizado historiadores em torno de certas práticas, a exemplo da chamada história oral. |
e)
a amnésia social é fruto da queima sistemática de arquivos e do descaso a que são relegados os bens culturais e o patrimônio histórico de determinado país. |
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