Lya Luft - Veja, 15-07-2009
Para mim, escrever é sempre questionar, não importa se estou escrevendo um romance, um poema, um artigo. Como ficcionista, meu espaço de trabalho é o drama humano: palco, cenário, bastidores e os mais variados personagens com os quais invento histórias de magia ou desespero. Como colunista, observo e comento a realidade. O quadro não anda muito animador, embora na crise mundial o Brasil pareça estar se saindo melhor que a maioria dos países. De tirar o chapéu, se isso se concretizar e perdurar. Do ponto de vista da moralidade, por outro lado, até em instituições públicas que julgávamos venerandas, a cada dia há um novo espanto. Não por obra de todos os que lá foram colocados (por nós), mas o que ficamos sabendo é difícil de acreditar. Teríamos de andar feito o velho filósofo grego Diógenes, que percorria as ruas em dia claro com uma lanterna na mão. Questionado, respondia procurar um homem honrado. Vamos ter de sair aos bandos, aos magotes, catando essa figura, não uma, mas multidões delas, para consertar isso, que parece não ter arrumação?
Assinale a alternativa em que a segunda forma do segmento altera o sentido do segmento inicial:
a)
“Para mim, escrever é sempre questionar” = Escrever, para mim, é sempre questionar; |
b)
“para consertar isso” = para isso ser consertado; |
c)
“o drama humano” = o drama do homem; |
d)
“os que lá foram colocados” = os que foram colocados lá; |
e)
“não uma, mas multidões” = não multidões, mas uma. |
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