ACESSE GRATUITAMENTE + DE 450.000 QUESTÕES DE CONCURSOS!

Comentários / INSS - Técnico do Seguro Social - CESPE - UnB - 2008 - Prova Objetiva


Como nasce uma história

(fragmento)

		1 		Quando ceguei ao edifício, tomei o elevador que serve do primeiro ao décimo quarto andar.
				Era pelo menos o que dizia a tabuleta no alto da porta.
				— Sétimo — pedi.
		4 		A porta se fechou e começamos a subir. Minha atenção se fixou num aviso que dizia:
				É expressamente proibido os funcionários, no ato da subida, utilizarem os elevadores para
				descerem.
		7 		Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata de problema complicado, este do infinito
				pessoal. Prevaleciam então duas regras mestras que deveriam ser rigorosamente obedecidas. Uma
				afirmava que o sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se flexionasse. Da outra infelizmente já
		10 		não me lembrava.
				Mas não foi o emprego pouco castiço do infinito pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar
				ele concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos de um escritor que se preza.
		13 		Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro, entenderia o que se pretende dizer neste
				aviso. Pois um tijolo de burrice me baixou na compreensão, fazendo com que eu ficasse revirando a
				frase na cabeça: descerem, no ato da subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma simples e
		16 		correta de formular a proibição:
				É proibido subir para depois descer.
				É proibido subir no elevador com intenção de descer.
		19 		É proibido ficar no elevador com intenção de descer, quando ele estiver subindo.
				Se quiser descer, não tome o elevador que esteja subindo.
				Mais simples ainda:
		22 		Se quiser descer, só tome o elevador que estiver descendo.
				De tanta simplicidade, atingi a síntese perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de óbvio
				ululante, ou seja, a enunciação de algo que não quer dizer absolutamente nada:
		25 		Se quiser descer, não suba.
		

Fernando Sabino. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1995, p. 137-140 (com adaptações).

Acerca do gênero textual e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o(s) item(ns) a seguir.

Questão:

O sentido do período seria mantido, mas a correção gramatical seria prejudicada, caso se substituísse “atingi a síntese perfeita” (L.23) por cheguei à síntese perfeita.

Resposta errada
Certa.
Resposta correta
Errada.

Comentários

- 25/12/2015 / 10:34

Questão Errada. Questão de regência verbal e crase.
Atingir e chegar são sinônimos. Regência: atinge algo = verbo transitivo direto; chega a algo = verbo transitivo indireto.Podemos também trabalhar por substituição:cheguei à síntese perfeita = ao resumo perfeito(substitua por qualquer substantivo masculino, resultou em ao = crase).Portanto a correção gramatical não seria prejudicada, mas o sentido sim.

- 28/09/2014 / 07:28

O emprego da crase na segunda frase está correto, uma vez que o verbo "chegar" normalmente requer a preposição "a", que, somada ao artigo feminino "a", forma a crase.

Deixe o seu comentário aqui

Para comentar você precisa estar logado.
E-mail: Senha:

Não é cadastrado?

⇑ TOPO

 

 

 

Salvar Texto Selecionado


CONECTE-SE

Facebook
Twitter
E-mail

 

 

Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.