Leia o texto V para responder às questões 06 a 10.
Texto V
A borboleta e a chama
Uma borboleta multicor voava na escuridão da
noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente
voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôsse
a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu
aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida
voou em direção à chama passando rente a ela. Viu-se
subitamente caída, estonteada pela luz e muito
surpresa por verificar que as pontas de suas asas
estavam chamuscadas.
? Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer
que uma coisa tão bonita quanto à chama pudesse
causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um
pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo
novamente.
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a
chama, pretendendo pousar sobre ela. E
imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava
a brilhante e pequenina chama.
? Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante
- pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez
disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo
desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha
infelicidade, o quanto você é perigosa.
? Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não
sou o Sol, como você tolamente pensou. Sou apenas
uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se
de mim com cautela são queimados.
Leonardo Da Vinci
Uma das características típicas do gênero textual Fábula é a Moral da História. Poderíamos afirmar que essa Fábula não poderia ter como moral:
a) Não podemos ser atraídos pelos prazeres momentâneos, ignorando a verdade.
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b) Muitas vezes quando percebemos o que perdemos, já é tarde demais;
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c) A realidade pode ser modificada de diversas formas e maneira, a partir de diversos pontos de vista;
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d) Nem sempre o que os nossos olhos veem é o que na realidade é;
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e) O que os olhos veem, às vezes, não é exatamente o que o corpo sente;
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