Cem anos de solidão [fragmento]
Gabriel García Marquez
O coronel Gerineldo Márquez foi o primeiro a
perceber o vazio da guerra. Na sua condição de
chefe civil e militar de Macondo mantinha duas
vezes por semana conversas telegráfi cas com o
coronel Aureliano Buendía. No começo, aquelas
entrevistas determinavam o curso de uma guerra
de carne e osso cujos contornos perfeitamente
defi nidos permitiam estabelecer a qualquer
momento o ponto exato em que se encontrava,
e a prever seus rumos futuros. Embora nunca se
deixasse arrastar para o terreno das confi dências,
nem mesmo pelos amigos mais próximos, coronel
Aureliano Buendía conservava o tom familiar que
permitia identifi cá-lo [1] do outro lado da linha.
Muitas vezes prolongou as conversas muito além
do tempo previsto e deixou-as [2] derivar rumo a
comentários de caráter doméstico.
(MÁRQUEZ, Gabriel García. Cem anos de solidão. 91.ed.
Rio de Janeiro: Record, 2015. p. 177)
Sobre os termos destacados no texto e sua devida concordância, é CORRETO afi rmar que:
a) [1] concorda com “terreno das confi dências”; [2] refere-se a “comentários de caráter doméstico”.
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b) [1] refere-se ao coronel Aureliano Bunedía; [2] concorda com “as conversas”.
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c) [1] refere-se ao coronel Gerineldo Márquez; [2] concorda com ”outro lado da linha”.
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d) [1] refere-se ao coronel Aureliano Buendía; [2] refere-se a ”comentários de caráter doméstico”.
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e) [1] concorda com “tom familiar”; [2] concorda com “as conversas”.
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