Uma das razões para que a grilagem e os conflitos pela terra se convertessem em práticas cotidianas na Amazônia é que
a) são comuns, desde o início dos anos 90, práticas como a venda de uma mesma terra a compradores diversos ou a revenda de títulos de terras públicas a terceiros como se estas tivessem sido postas legalmente à venda por meio de processos licitatórios.
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b) os lotes de terra eram demarcados e cercados com os antigos moradores vivendo dentro deles, apesar de serem consultadas entidades como os sindicatos de trabalhadores rurais, as igrejas ou fontes semelhantes para comprovar a inexistência de antigos moradores nas terras postas à venda.
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c) os novos empresários e especuladores, procedentes de diversos rincões do país e do exterior, por falta de interesse dos moradores locais, adquiriram imensas áreas, ocasionando a contestação infundada por parte de entidades de trabalhadores que, na Justiça, tentavam reverter a situação.
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d) os direitos humanos, durante décadas, estiveram subordinados aos interesses do capital e muitas situações acabaram se cristalizando e não apresentando solução, a não ser em casos pontuais e após conflito seguido de morte, pois, nesse período, a terra pública transformou-se, por meios legais, fraude ou grilagem, em propriedade privada.
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