1 O leitor interessado em compreender um pouco melhor como vivem milhões de brasileiros à sua volta poderia aproveitar um de seus próximos momentos livres para fazer um 4 teste que lhe mostrará por que a vida é tão difícil para tanta gente neste país. É simples: procure entender direito, consultando uma enciclopédia qualquer da Internet, o que é 7 mesmo a teoria da relatividade, como se lida com o binômio de Newton ou qual é a função dos números imperfeitos. Pensando bem, nem é preciso fazer o teste: o leitor sabe, desde já, que 10 não vai entender nada do que ler. Por mais atenção que preste, e por mais neurônios que queime, logo vai ficar claro que ele não tem os conhecimentos essenciais para acompanhar a 13 exposição desses assuntos. “Falta a base”, como se diz. Felizmente, não é preciso trabalhar com esses temas, ou sequer saber que existem, para ganhar a vida. Tudo muda de figura, 16 porém, quando se constata que 50% dos brasileiros não conseguem entender um texto simples de leitura, e 70% não são capazes de resolver questões primárias de matemática.
J. R. Guzzo. In: Veja, 22/12/2010 (com adaptações).
Com relação aos aspectos estruturais e semânticos do texto acima, julgue o(s) item(ns) subsequente(s).
O uso do imperativo, como em "procure entender" (L.5), e de expressões informais, como "Pensando bem" (L.8-9), "por mais neurônios que queime" (L.11) e "Falta a base" (L.13), constitui estratégia para aproximar o texto da modalidade oral e para envolver o leitor, pondo-o no centro da mensagem.
Certa. |
Errada. |
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