As geleiras estão derretendo no ritmo mais rápido dos últimos cinco mil anos, e esse fenômeno é uma ameaça a milhões de pessoas e múltiplos ecossistemas, segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Earth Policy Institute, a China e a Índia estão entre as nações que seriam mais afetadas. Os agricultores terão cada vez mais dificuldades para irrigar suas colheitas. A irrigação é vital para a produção agrícola, mas tende a diminuir com o derretimento das geleiras que alimentam os grandes rios da Ásia. O Ganges, o Amarelo e o Yangtze recebem água das chuvas durante a época da monção. Mas na estação seca eles dependem muito das águas do degelo na cordilheira do Himalaia. A geleira Gangotri, sozinha, supre 70% do fluxo do Ganges no período da seca. É na estação de seca que a água é mais necessária para irrigar as plantações de arroz e trigo, principais fontes de calorias de centenas de milhões de pessoas. O relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) diz que muitas geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035. Segundo Brown, glaciologistas chineses estimam que dois terços das geleiras na região do Tibete-Qinghai deixarão de existir em 2060. Com a redução drástica de água, o fluxo dos grandes rios se tornaria sazonal, adverte Brown, que tem documentado efeitos dos danos ambientais na produção alimentar. China e Índia são responsáveis por metade da produção de trigo e arroz do mundo.
O Globo, 21-3-2008
Ao citar instituições como o Programa Ambiental das Nações Unidas e o Earth Policy Institute, o autor do texto pretende:
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