1 Os países que se mostram como vozes dissonantes na
2 orquestra das nações ajustadas aos acordes da Declaração
3 Universal dos Direitos Humanos e da atual noção de
4 democracia passaram a ocupar insistentemente as manchetes
5 dos jornais de todo o planeta na última década. Observamos
6 multiplicarem-se, por parte daqueles países, desafios aos atuais
7 mandatários da economia globalizada, ameaças contra Estados
8 vizinhos, investimentos em arsenais de alcance desconhecido
9 e escândalos de abusos de força contra opositores internos.
10 Trata-se de uma desafinação sem trégua em relação ao concerto
11 mundial, sem que se possa imaginar, a esta altura, em que
12 diapasão - estrondoso ou pianíssimo - terminará tal
13 partitura.
14 O que tem alimentado o noticiário dos países
15 desenvolvidos ou em vias de sê-lo não é somente a queda de
16 braço que situa, de um lado, os países-maestros e seus
17 conselhos transnacionais, e de outro as nações "não alinhadas".
18 Além dos confrontos situados nas altas esferas, com o advento
19 da rede mundial de informação, a imprensa passou a repercutir
20 com igual destaque figuras individuais no interior dos regimes
21 "de exceção", muitas vezes rapidamente alçadas à categoria de
22 ícones.
Álvaro Machado. De olhos atentos na margem oposta.
In: Revista da Cultura, jul./2010, p. 33 (com adaptações).
Julgue o(s) item(ns) seguinte(s), relativo(s) às relações morfossintáticas, semânticas e discursivas do texto:
A expressão “queda de braço” (R.15-16) refere-se ao conflito entre os “mandatórios da economia globalizada” (R.7), ou seja, os “países-maestros e seus conselhos transnacionais” (R.16-17), e os países que “se mostram como vozes dissonantes” (R.1) ou ‘não alinhadas’ (R.17).
(Questão anulada)Certa. |
Errada. |
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