1 Os sistemas de inteligência são uma realidade 2 concreta na máquina governamental contemporânea, 3 necessários para a manutenção do poder e da capacidade 4 estatal. Entretanto, representam também uma fonte permanente 5 de risco. Se, por um lado, são úteis para que o Estado 6 compreenda seu ambiente e seja capaz de avaliar atuais ou 7 potenciais adversários, podem, por outro, tornar-se 8 ameaçadores e perigosos para os próprios cidadãos se forem 9 pouco regulados e controlados. 10 Assim, os dilemas inerentes à convivência entre 11 democracias e serviços de inteligência exigem a criação de 12 mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo 13 de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes. Tais 14 dilemas decorrem, por exemplo, da tensão entre a necessidade 15 de segredo governamental e o princípio do acesso público à 16 informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzir a 17 segurança estatal à segurança individual, e vice-versa. Vale 18 lembrar que esses dilemas se manifestam, com intensidades 19 variadas, também nos países mais ricos e democráticos do mundo.
Marco Cepik e Christiano Ambros. Os serviços de inteligência no Brasil. In: Ciência Hoje, vol. 45, n.º 265,
nov./2009. Internet: <cienciahoje.uol.com.br> (com adaptações)
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