1 Embora pairem incertezas sobre o fôlego de crescimento de longo prazo da economia brasileira, as projeções de todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos ainda indicam uma atividade aquecida. 2 No que diz respeito, ao menos, ao fornecimento de energia – fator que já foi terror do crescimento econômico em anos recentes –, o aumento de produção e de consumo estão garantidos sem que falte às empresas abastecimento energético para isso. 3 Segundo representantes do governo, o que já há de energia contratada, relativo a usinas e hidrelétricas em construção para os próximos anos, garante fornecimento para um crescimento de até 7% do PIB ao ano até, pelo menos, 2014. 4 "A demanda projetada até 2014 já está suprida. Temos entre 3 mil e 3,5 mil megawatts-médios contratados para entrar em funcionamento por ano. Isso permite um crescimento econômico anual de 7%", informou Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME). 5 A informação foi passada após os dois leilões de geração realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada. Os volumes equivalem a uma usina de Santo Antônio – que está sendo construída no Rio Madeira – inaugurada por ano. 6 Os leilões negociaram a energia de empreendimentos que entrarão em funcionamento de 2011 a 2013, e venderam 2,8 mil megawatts. "Com estes leilões, completamos o que estava projetado em demanda para o período", disse Tolmasquim. 7 Cálculos do setor de energia indicam que, para cada 1% de crescimento do PIB, o consumo de energia cresce entre 1% e 1,5%. Em 2009, a carga brasileira foi de 52 mil megawatts. Um crescimento de 7% do PIB, para esta base, exige um incremento de 3,6 mil megawatts na matriz. Margem folgada 8 Este ano, no entanto, deve marcar o pico do crescimento, com projeções de PIB, feitas pelo governo e o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. Para o PIB do segundo trimestre, que será divulgado amanhã pelo IBGE, a variação estimada chega a até 8%, segundo diferentes projeções de bancos e corretoras consultadas pelo Brasil Econômico. 9 Nos anos seguintes, no entanto, o ritmo fica mais ameno, com uma média de crescimento econômico, até 2014, entre 4,7% até a mais otimista, de 6%, estimada na segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. 10 Qualquer uma delas, no entanto, já indica que a próxima década terá um Brasil mais aquecido do que na década que se encerra: entre 2000 e 2009, a média de evolução anual do PIB foi de 3,31%. Apagão x "Pagão" 11 "O problema de apagão está resolvido", diz Paulo Pedrosa, presidenteexecutivo da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace). "O problema agora é o 'pagão'", brinca, referindo-se ao aumento de custos com que o sistema elétrico veio sendo carregado nos últimos anos. 12 Os chamados encargos setoriais – cobranças embutidas na conta destinadas a subsidiar o sistema – representam hoje cerca de 9% do total da conta de luz, somados ainda a mais dezenas de impostos que resultam em 46% do total da conta de luz. 13 Em 1999, o peso dos encargos era de 6,2%, segundo dados do Instituto Acende Brasil. "A energia térmica, que é mais cara e começou a ser contratada pesadamente a partir de 2005, está começando agora a pesar nos custos", explica Pedrosa. Enquanto o megawatt de grandes hidrelétricas, como no caso do negociado para o complexo do Rio Madeira ou de Belo Monte, custa até R$ 80, nas térmicas gira em torno dos R$ 140. 14 "A agenda de garantia do abastecimento já está cumprida. Para os próximos anos, a nova agenda deve ser a busca pela competitividade", completa.
(Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/economia/>. Acesso em 20 set. 2010.)
A(s) questão(ões) seguinte(s) refere(m)-se ao texto a seguir. Leia-o antes de respondê-la(s).
Em todas as alternativas, as reformulações propostas para o trecho transcrito entre parênteses implicam erro ou mudança de sentido, EXCETO:
a)
A informação foi fornecida na semana passada, após ambos os leilões de geração realizados por intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (A informação foi passada após os dois leilões de geração realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada. – 5.º §) |
b)
Apesar de pairarem incertezas a respeito da capacidade de crescimento de longo prazo da economia brasileira, as projeções de todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos sinalizam ainda uma atividade aquecida. (Embora pairem incertezas sobre o fôlego de crescimento de longo prazo da economia brasileira, as projeções de todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos ainda indicam uma atividade aquecida. – 1.º §) |
c)
Os volumes se equiparam à uma usina de Santo Antônio inaugurada por ano, a qual está sendo construída no Rio Madeira. (Os volumes equivalem a uma usina de Santo Antônio – que está sendo construída no Rio Madeira – inaugurada por ano. – 5.º §) |
d)
Este ano, entretanto, tem de marcar o pico do crescimento, com previsões de PIB, realizadas pelo governo e o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. (Este ano, no entanto, deve marcar o pico do crescimento, com projeções de PIB, feitas pelo governo e o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. – 8.º §) |
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