1 E se uma droga derivada do alcaçuz fosse capaz de salvar as nossas recordações? Segundo um estudo da Universidade de Edimburgo (Escócia), a carbenoxolona melhora as capacidades mentais dos idosos, incluindo a memória, 5 que vai se deteriorando com o passar dos anos. Essa substância − na realidade, um agente derivado da raiz do alcaçuz − poderá ser útil para combater o mal de Alzheimer e talvez também para melhorar nossa performance nos exames. “As memórias são um ‘fato’ químico”, confirma Nancy 10 Ip, diretora de Instituto de Pesquisa em Hong Kong: “Recentemente, nós identificamos a proteína que contribui para a sobrevivência e para o desenvolvimento das células nervosas e que poderia oferecer recursos para criar medicamentos contra doenças que afetam a memória”. 15 Enquanto se espera que os estudos possam conduzir a resultados mais concretos, o que podemos fazer para melhorar a nossa capacidade mental? A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis. Ela não é monolítica, mas constituída de 20 diversas atividades e funções. Uma importante distinção a ser feita é entre a memória de curto e a de longo prazo. A primeira, que é encarregada de reter as informações por pouco tempo, localiza-se no lobo parietal inferior e no lobo frontal do cérebro, enquanto a memória de longo prazo é 25 ligada ao hipocampo e às áreas vizinhas. De acordo com Alan Baddelay, da universidade inglesa de York, a memória de curto prazo tem espaço limitado, podendo reter de cinco a nove unidades de informação: palavras, datas, números. Já a memória de longo 30 prazo é ilimitada. O problema é arquivar a informação na memória de longo prazo, para recordar quando necessário. Como? “Quanto mais a pessoa souber, mais fácil será recordar”, diz Baddelay. Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, 35 ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas tem mais facilidade para aprender um novo. (Adaptado de Fabíola Musarra, “Memória: segredos para explorar todo o seu poder”. In. Planeta: conheça o mundo, descubra você. Ed. Três. Edição 447, Ano 37, Dez/2009, p.41-42)
Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas tem mais facilidade para aprender um novo.
A redação que, clara e correta, preserva o sentido original de um segmento do trecho acima transcrito é:
a)
Suscintamente dizendo a memória não é vaso preenchível, quando ela possibilita a adição de novas informações. |
b)
De modo resumido, a memória não é própria para ser preenchida em plenitude, pois, contrariamente, é passível a receber informações sequenciais. |
c)
Sintetizando: opostamente a memória admite informações originais, em vez de constituir objeto a ser preenchido. |
d)
Aquele que faz uso de idioma articulado e rico, pode ter recordação fácil. |
e)
O aprendizado de um novo idioma dá-se de maneira mais fácil para as pessoas que já conhecem outras línguas. |
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