1 Desde os primórdios do pensamento filosófico grego, o ocidente buscou pensar a relação entre o Um e o múltiplo, entre a unidade e diferença, tanto no plano do cosmos, como 4 no plano da convivência humana. Um dos traços do momento histórico atual é a contrafação desses dois polos, seja do Um, seja do múltiplo. A dinâmica distorcida do Um expressa-se 7 como uma “globalização” que se dá no esmagamento das singularidades de cada povo: suas raízes, sua cultura, sua identidade étnica, em nome de um projeto que pretende nivelar 10 e homogeneizar as diferenças, tendo como critério a todo-poderosa funcionalidade das coisas dentro da economia de mercado. Quando o discurso da diferença não leva em 13 conta seu aspecto de diálogo e troca, dilui-se em atomização e isolamento. No mundo contemporâneo, a própria dinâmica de 16 realização da técnica impulsiona a vida humana no sentido do desenraizamento e da perda de referências.
Nancy Mangabeira Unger. A desertificação do homem contemporâneo.
In: Linhas Críticas, v. 7, n.º 13, jul.-dez./2001, p. 181 (com adaptações).
A partir da argumentação do texto acima, bem como das estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue o(s) item(ns) a seguir.
Regidos pela preposição de, os termos “de realização” (L.15-16) e “da técnica” (L.16) não admitem a ligação pela conjunção e, como ocorre entre “do desenraizamento” (L.16-17) e “da perda de referências” (L.17), porque, no primeiro caso, “técnica” é um termo dependente de “realização”.
Certa. |
Errada. |
Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.