Em 2007 e 2008, e novamente em 2010 e 2011, mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos desencadearam fortes altas nos preços. Isso deve ser compreendido como uma resposta a, digamos, um aumento na demanda de China e Índia. Mas, como apontou Shenggen Fan, do International Food Policy Research Institute (IFPRI), esses gigantes não importam muitos alimentos. Ao contrário, os preços dispararam em resposta a fatores temporários, como a queda do dólar, o embargo às exportações e os surtos de compras motivados pelo pânico.
Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento. Se modas passageiras como as barreiras comerciais podem quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro anos, imagine o que um tropeço nos esforços para aumentar a produtividade pode causar. Considerando as tensões e as ramificações políticas dos alimentos, os esforços para alimentar 9 bilhões de pessoas vão acentuar conflitos geopolíticos e acelerar mudanças que já estão ocorrendo de qualquer forma.
(Tradução de Ed. Sêda do “The Economist”. CartaCapital, 23 de março de 2011, p. 56, com adaptações)
O sentido principal do texto está expresso em:
a)
O crescimento da produção e a maior oferta de alimentos visam a garantir a estabilidade de preços no mercado mundial. |
b)
Consumidores, especialmente aqueles de países mais populosos, são prejudicados pela escassez, que justifica a alta dos preços dos alimentos. |
c)
A escassez de alimentos, agravada pelo aumento de preços no mercado, poderá resultar em obstáculos que comprometem a paz. |
d)
A redução da oferta de produtos no mercado mundial de alimentos despertou a atenção dos produtores, que desejam maiores lucros. |
e)
A elevação dos preços de alimentos decorre naturalmente dos acordos políticos entre nações produtoras e aquelas basicamente consumidoras. |
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