A Teoria Geral do Estado mostra como surgiu e se
organizou, ao longo do tempo, o Estado. Nas formas primitivas
de organização social, ainda tribais, o poder era concentrado
4 nas mãos de um único chefe, soberano e absoluto, com poder
de vida e morte sobre seus subordinados, fazendo e executando
as leis.
7 Na Antiguidade Clássica, as civilizações grega e
romana foram as que primeiro fizeram uma tentativa de
compartilhar o poder, criando instituições como a Eclésia e o
10 Senado. Contudo, essa experiência foi posta de lado quando
as trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a
mergulhar em mil anos de estagnação, sob as mãos de senhores
13 feudais, reis e papas, que não conheciam outro limite senão seu
próprio poder.
O fim da Idade Média, no século XV, e o
16 ressurgimento das cidades, no período renascentista,
representaram profundas mudanças para a sociedade da época,
mas, do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração
19 ainda maior do poder nas mãos dos soberanos, reis absolutos,
que, sob o peso de sua autoridade, unificaram os diversos
feudos e formaram vários dos Estados modernos que hoje
22 conhecemos. Exceção a essa regra foi a Inglaterra, onde, já em
1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos
nobres, que o obrigaram a pedir autorização a um conselho
25 constituído por vinte e cinco barões para aumentar os impostos.
A fim de fazer valer essa exigência, foi assinada a Magna
Carta. Nascia o embrião do parlamento moderno, com a
28 finalidade precípua de limitar o poder do rei.
Elton E. Polveiro Júnior. Desafios e perspectivas do poder legislativo
no século XXI. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).
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