1 Os países que se mostram como vozes dissonantes na orquestra das nações ajustadas aos acordes da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da atual noção de 4 democracia passaram a ocupar insistentemente as manchetes dos jornais de todo o planeta na última década. Observamos multiplicarem-se, por parte daqueles países, desafios aos atuais 7 mandatários da economia globalizada, ameaças contra Estados vizinhos, investimentos em arsenais de alcance desconhecido e escândalos de abusos de força contra opositores internos. 10 Trata-se de uma desafinação sem trégua em relação ao concerto mundial, sem que se possa imaginar, a esta altura, em que diapasão - estrondoso ou pianíssimo - terminará tal 13 partitura. O que tem alimentado o noticiário dos países desenvolvidos ou em vias de sê-lo não é somente a queda de 16 braço que situa, de um lado, os países-maestros e seus conselhos transnacionais, e de outro as nações “não alinhadas”. Além dos confrontos situados nas altas esferas, com o advento 19 da rede mundial de informação, a imprensa passou a repercutir com igual destaque figuras individuais no interior dos regimes “de exceção”, muitas vezes rapidamente alçadas à categoria de 22 ícones.
Álvaro Machado. De olhos atentos na margem oposta. In: Revista da Cultura, jul./2010, p. 33 (com adaptações).
O item abaixo apresenta transcrição de trecho adaptado de De Olhos Atentos na Margem Oposta, de Álvaro Machado. Julgue-o quanto à correção gramatical.
Impossibilitados de controlar todas as vias de informação, especialmente no que se refere à Internet, as nações identificadas como focos de autoritarismo começaram à enfrentar a incômoda amplificação, para todo mundo, de vozes de protesto e de atitudes de desobediencia civil.
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