1 Se você está lendo estas linhas, saiba que seu cérebro provavelmente difere do de quem não foi alfabetizado. Estudos de neurociência já demonstraram que aprender a ler, 4 especialmente na infância, altera a anatomia do cérebro e engrossa uma estrutura chamada corpo caloso, responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Se aprender a ler 7 pode ter um impacto tão profundo, vários cientistas e pensadores estão se perguntando qual será o efeito da Internet na nossa mente e na maneira como pensamos. 10 Recentemente, uma série de estudos, livros e debates tem tentado deslindar essa questão. A indicação inicial é a de que, sim, a rede está alterando a forma como pensamos e, 13 possivelmente, até a estrutura do cérebro humano. Por ser um fenômeno novo — ainda não temos uma geração que tenha sido completamente formada na era da Internet —, existem 16 poucos trabalhos que confirmam o impacto no nível das sinapses. Um dos mais famosos nessa área foi realizado pelo neurocientista Gary Small, da Universidade da Califórnia. 19 Small comparou a mente de adultos com pouca experiência em tecnologia com a de assíduos usuários da Internet. Todos realizaram testes na própria rede. A análise mostrou maior 22 atividade na área de tomada de decisões e raciocínio complexo no cérebro das pessoas acostumadas à tecnologia. Apontou também que os inexperientes, após algum tempo, começavam 25 a se igualar aos conectados. Descobertas como essa vêm motivando outros cientistas e pensadores a discutirem o assunto amplamente. 28 Deve chegar, em breve, ao Brasil, por exemplo, o livro The Shallows (algo como O Raso), do editor americano Nicholas Carr, que expõe um ponto de vista mais negativo sobre o efeito 31 da Web. A tese central de Carr resume-se na ideia de que a natureza caótica e descentralizada da Internet está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas.
Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In:
Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações).
Considerando as ideias do texto, julgue o(s) item(ns):
Infere-se da leitura do texto que, no futuro, o modo de pensar das pessoas será diferente do atual.
Certa. |
Errada. |
Pesquisas científicas comprovam que o uso constante da Internet e o aprendizado da leitura afetam, de forma análoga, o cérebro.
Certa. |
Errada. |
Depreende-se da leitura do texto que o cérebro de uma pessoa alfabetizada na fase adulta não sofre alterações advindas desse aprendizado.
Certa. |
Errada. |
Deduz-se das informações do texto que pessoas que fazem uso frequente da rede mundial de computadores estão aptas a ocupar cargos de direção de empresas, dado o alto grau de desenvolvimento de sua capacidade de tomar decisões.
Certa. |
Errada. |
Conclui-se da leitura do texto que a diferença entre o cérebro de uma pessoa alfabetizada e o de um analfabeto é geneticamente determinada.
Certa. |
Errada. |
Com relação ao vocabulário e à estrutura do texto, julgue o(s) item(ns) que se segue(m):
No trecho “está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas” (L.32-33), a estrutura permaneceria correta caso o termo “profundas” estivesse no singular.
Certa. |
Errada. |
Com relação ao vocabulário e à estrutura do texto, julgue o(s) item(ns) que se segue(m):
A inclusão de e a escrever logo após o trecho “já demonstraram que aprender a ler” (L.3) não implicaria alteração das formas verbais “altera” (L.4) e “engrossa” (L.5), que devem permanecer no singular.
Certa. |
Errada. |
Com relação ao vocabulário e à estrutura do texto, julgue o(s) item(ns) que se segue(m):
A palavra “deslindar” (L.11) é empregada, no texto, com o sentido de sanar.
Certa. |
Errada. |
Com relação ao vocabulário e à estrutura do texto, julgue o(s) item(ns) que se segue(m):
Na oração “que tenha sido completamente formada na era da Internet” (L.14-15), a forma verbal “tenha” poderia ser substituída por haja, sem alteração do sentido ou da correção gramatical do texto.
Certa. |
Errada. |
Com relação ao vocabulário e à estrutura do texto, julgue o(s) item(ns) que se segue(m):
Na linha 26, a forma verbal “vêm” concorda com o termo “Descobertas” e estaria igualmente correta se fosse grafada sem o acento circunflexo, dada a possibilidade, nesse caso, de concordância verbal com o termo mais próximo, o pronome “essa”.
Certa. |
Errada. |
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