Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
De acordo com o texto, o título do livro Crítica da Razão Negra refere-se a
a) uma série de objeções às políticas identitárias, que, ao tentar reverter a lógica escravocrata do período colonial, terminam por reafirmá-la em um conjunto de identidades minoritárias, exemplificado por noções como “afro-americano” e “afro-caribenho”.
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b) um conjunto de críticas, seja aos regimes escravocratas, seja ao posterior capitalismo, que se apropria de diferentes noções de raça para forjar uma compreensão do negro como mercadoria.
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c) uma crítica, seja ao modo como uma lógica escravocrata operou a coisificação do negro, seja à suposta retomada de sua autonomia enquanto ser humano, apropriando-se da imagem de raça que o regime capitalista forjou.
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d) momentos históricos distintos: o primeiro relacionado à desumanização do negro, que passa a ser visto como mercadoria; o segundo, à reafirmação da humanidade por parte dos que foram objetificados.
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e) períodos conflitantes do processo escravocrata: seja seu início, com o capitalismo, que fabrica as noções de raça e cor, seja no presente, em que tais noções são esvaziadas de sentido, a ponto de cogitarem-se ações contra o racismo reverso.
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No contexto, com a frase o racismo tal como se desenvolveu no mundo moderno, implica a existência de mecanismos institucionais coercivos na atribuição de uma identidade (último parágrafo), o entrevistado chama atenção para
a) o fato de o racismo estar ligado a relações de força institucionalizadas responsáveis por sua conformação, e não por atos de indivíduos isolados.
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b) a caracterização do racismo como um somatório de atitudes individuais, a ponto de, em determinado momento, existir a possibilidade, por exemplo, de racismo contra brancos.
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c) a possibilidade de coexistência de dois racismos, seja o institucional, contra negros, seja o que ocorre em manifestações isoladas, contra estrangeiros.
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d) o complexo modo de operar das instituições que fizeram uso econômico do racismo e que agora prescindem da distinção entre brancos e negros para fomentar o capital.
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e) o fato de que o mundo moderno criou uma engrenagem intrincada a fim de dissimular o racismo, a ponto de atribuir a indivíduos isolados uma prática, em verdade, estrutural.
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Quanto ao uso do hífen no texto, é correto afirmar que:
a)
no termo “re-balcanização" (2º parágrafo), embora contrário às regras vigentes, o hífen presta-se a conferir relevo e a indicar que o substantivo foi cunhado por Achille Mbembe. |
b)
na composição de termos que indicam origem, como em “Afro-Americano" (1º parágrafo), o hífen atribui maior importância ao que inicia o vocábulo, a ponto de indicar, no contexto, uma identidade valorizada pelo entrevistado. |
c)
na composição de dois substantivos como “homem-mercadoria" (1º parágrafo) forma-se um termo de significado novo, de modo a indicar, neste caso, a depreciação do homem a ponto de ser comercializado. |
d)
na justaposição, como ocorre em “homem-coisa" (1º parágrafo), o hífen tem a função de hierarquizar os termos componentes, variando em número, por regra, apenas o primeiro: “homens-coisa". |
e)
na justaposição de termos, como ocorre em “Afro-Caribenho", ainda que o hífen tenha servido para ressaltar um atributo dual, trata-se de equívoco, uma vez que a norma vigente exclui o hífen quando não ocorre encontro de duas vogais semelhantes. |
As frases abaixo referem-se à pontuação do texto.
I. Em Porque isso pressupõe que se nos confrontamos (3º parágrafo), caso se acrescente uma vírgula imediatamente após “que", isola-se corretamente uma oração intercalada.
II. Em “estado de sítio": uma série de garantias (2º parágrafo), os dois-pontos podem ser substituídos por vírgula seguida de “pois", já que se segue uma explicação.
III. Em Não quero dizer que os não brancos (último parágrafo), pode-se substituir “que" por dois-pontos mantendo-se o sentido e a correção.
Está correto o que consta em
a) I e II, apenas.
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b) II e III, apenas.
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c) I, apenas.
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d) III, apenas
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e) I, II e III.
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que se presume não ser só uma (1º parágrafo)
que devolvem e endossam essa responsabilidade (1º parágrafo)
que o define (3º parágrafo)
Os pronomes sublinhados acima referem-se respectivamente a:
a) humanidade − responsáveis − vocábulo
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b) definição − daqueles − vocábulo
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c) definição − responsáveis − problema
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d) humanidade − daqueles − problema
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e) humanidade − daqueles − vocábulo
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Mantendo-se o sentido, uma nova redação ao segmento A detenção de pessoas que supõem tratar-se de inimigos vulgarizou-se (2º parágrafo), adequada às normas gramaticais, encontra-se em
a) A detenção de pessoas que se tratam de inimigos passou a ser contumaz.
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b) Tornou-se comum a detenção de pessoas que se supõe serem inimigos.
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c) Prender pessoas supostamente tratadas como inimigos tornou-se vulgar.
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d) Pessoas que se consideram inimigos passaram a ser detidas vulgarmente.
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e) Tornou-se supostamente corriqueiro deterem-se pessoas que se tratam de inimigos.
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Em Há qualquer coisa de estranho neste tipo de raciocínio (3º parágrafo), o segmento em destaque tem função sintática equivalente ao que se encontra sublinhado em:
a)
sendo apenas uma, não pode ser nada mais do que uma coisa |
b)
a retomada do discurso daqueles que foram “catalogados" |
c)
garantias jurídicas fundamentais que permitiam assegurar |
d)
o conjunto de discursos que afirmam quem é este homem-objeto |
e)
Creio que o presidente faria melhor |
Em Se os países africanos suprimirem a palavra “pobreza", ela desaparece?, mantêm-se a adequada correlação entre os verbos substituindo-os respectivamente por:
a) tenham suprimido − desaparecera
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b) suprimam − desapareça
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c) tem suprimido − tinha desaparecido
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d) teriam suprimido − há de desaparecer
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e) suprimissem – desapareceria
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Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido, nos segmentos ... sendo apenas uma... e ... buscando a reafirmação da sua humanidade... (1º parágrafo), os verbos sublinhados podem ser corretamente substituídos por:
a) uma vez que é − que busquem
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b) desde que seja − conforme se busque
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c) enquanto é − contanto que se busque
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d) enquanto é − de maneira a buscar
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e) desde que seja − caso busquem
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Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
De acordo com o texto,
a) em decorrência de uma dubiedade no plano dos valores, que separa o plano da efetividade de um outro plano, o ideal, o preconceito racial no Brasil ganha uma roupagem dissimulada, o que o autor chama de “preconceito de não ter preconceito”.
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b) o fato de se manter, no Brasil, a liberdade no plano das ideias, fez com que não se chegasse a extremos, como em outros países, e o “preconceito de cor”, como é referido pelo autor, não se tornasse efetivo, mas sim permanecesse encoberto.
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c) o desdobramento de uma oposição – o caráter ultrajante da ação sofrida e o caráter degradante da ação praticada – confere ao Brasil uma posição singular em relação ao “preconceito de cor”, que é mais sentido do que manifestado, uma vez que em nenhum momento deixa de ser condenado de modo irrestrito.
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d) o branco, ao tornar-se mais consciente de sua realidade social, passa a condenar as atitudes racistas, em consonância com seu pensamento, com a liberdade e o decoro sociais, ainda que se esteja longe de resolver o problema da discriminação no Brasil.
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e) a herança colonial caracterizou um regime social, no Brasil, que se acomodou ao racismo, a ponto de apenas no fim da década de 1960, quando é escrito o texto, medidas resolutivas serem postas em prática, deixando o plano ideal e ganhando efetividade.
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