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Informações da Prova Questões por Disciplina TRT - 6ª Região (PE) (Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região - Pernambuco) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça - FCC (Fundação Carlos Chagas) - 2018

Língua Portuguesa

Texto I

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

1 -

A pergunta que constitui o título do texto encontra sua resposta, conforme se posiciona o autor, no seguinte segmento:

a)

materiais organizados num espaço físico de modo a constituírem uma obra de arte (1º parágrafo).

b)

os materiais eram, em si mesmos, insuficientes para significarem alguma coisa (2º parágrafo).

c)

O grande músico, o grande escritor, o grande cineasta não precisam interpor-se entre a sonata, o romance ou o filme (3º parágrafo).

d)

oportunidade para todos refletirmos sobre o sentido dinâmico de uma obra artística (3º parágrafo).

e)

atingiu o nosso interesse e provocou o nosso prazer (3º parágrafo).

2 -

Da posição assumida pelo autor do texto em relação às instalações e às obras de arte em geral, deduz-se sua convicção de que as obras de arte

a)

não favorecem debates ou reflexões, em vista da autossuficiência do sentido que exprimem de modo direto.

b)

devem ser esclarecidas por aquele que lhes emprestou determinado sentido, ao criá-las com função estética.

c)

desvendam-se por si mesmas, a menos que seu autor seja capaz de nos mostrar que seu sentido explica-se conforme sua intenção.

d)

valem-se de uma força já presente em sua linguagem, o que não impede que venhamos a refletir e ponderar sobre elas.

e)

dispensam qualquer explicação quando não se propõem a ser grandiosas, preferindo tirar partido de sua simplicidade.

3 -

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

a)

permanente ou temporário (1º parágrafo) = vitalício ou inabitual.

b)

o faz com linguagem muito sofisticada (2º parágrafo) = cumpre-o com expressões rudimentares.

c)

os materiais eram, em si mesmos, insuficientes (2º parágrafo) = os utensílios, vistos em si, estavam indisponíveis.

d)

o sentido dinâmico de uma obra artística (3º parágrafo) = a presunção impulsiva de um artefato.

e)

nada será mais forte do que a mobilização emocional (3º parágrafo) = nada superará a ativação dos sentimentos.

4 -

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

a) Partindo do caso específico das instalações, o autor nos leva a refletir sobre o que considera a força intrínseca de toda obra de arte.
b) Se uma obra de arte vir acompanhada de uma explicação, é por que sua razão de ser principal já foi subestimada.
c) Ainda que fosse necessário explicá-las, porquanto de algum mistério, toda obra de arte deveria ter alguma força já em si mesma.
d) O fato de haverem explicações para obras artísticas provam que já não existiria nelas aquela força suficiente para dispensá-las.
e) Tanto não necessitam de explicação, que as verdadeiras obras de arte podem-nos convencer sem outra força além da que lhes cabem.
5 -

Há construção na voz passiva e adequada articulação entre os tempos verbais na frase:

a) Os que apreciarem as instalações, no futuro, talvez poderiam emprestar-lhes o sentido que hoje não parecem ter.
b) Ao serem visitadas, as instalações costumam impressionar o público que se deixa levar pela significação que o próprio autor lhes atribui.
c) Se fosse para levar a sério a materialidade das instalações, nenhuma delas necessita da justificativa a ser dada pelo criador.
d) Nunca a linguagem das grandes obras de arte teria necessidade de alguma explicação que venha a se tornar indispensável.
e) Por mais que nos esforcemos para perscrutar o sentido de uma instalação, este sempre dependeria das razões alegadas pelo autor.
6 -

Transpondo-se para o discurso direto, em linguagem adequada, o segmento Disse-me o artista na exposição que aquela sua instalação deveria comover-nos mesmo sem a sua explicação, obtém-se a construção:

Disse-me o artista na exposição:

a) – Essa instalação minha deveria comover mesmo que vocês não a explicassem.
b) – Eis uma instalação minha cuja comoção não necessita mesmo de sua explicação.
c) – Esta minha instalação deverá comovê-los mesmo que eu não a explique.
d) – Aquela instalação deveria comover vocês ainda que não a expliquem.
e) – Aquela minha instalação deve comover-lhes mesmo sem o que a explique.

Texto II

Atenção: Leia com atenção o texto seguinte para responder à questão. Trata-se de uma apresentação que faz o escritor José Castello a um livro que escreveu em homenagem ao cronista Rubem Braga.

7 -

Nesse texto de apresentação de seu livro, José Castello caracteriza o cronista Rubem Braga como um escritor para quem

a)

a fidedignidade aos fatos vividos deve ser a preocupação maior de quem escreve sobre as próprias experiências.

b)

a capacidade de sonhar deve restringir-se ao mundo da imaginação, sem contato com as vivências da realidade.

c)

os acontecimentos ganham sentido e interesse na medida em que sejam trabalhados pela força da imaginação.

d)

os fatos dignos de representação literária são aqueles que marcam nossa vida por sua excepcionalidade.

e)

as crônicas devem burilar a imaginação de modo a fazer o leitor se dar conta de que tudo é mero produto da fantasia.

8 -

No contexto, a frase sem a capacidade de sonhar, os fatos não subsistem e se tornam pó deve ser entendida em apoio à iniciativa de José Castello de escrever um livro de modo a

a) tomar as crônicas de Rubem Braga como matéria para uma entrevista que só ocorreu na imaginação do autor.
b) considerar as crônicas de Rubem Braga como modelos para escrever outras crônicas, igualmente poéticas e talentosas.
c) inventar acontecimentos que ganham importância ao serem referidos à vida pessoal de Rubem Braga.
d) criar um conjunto de crônicas que, pelos temas e estilo, pudessem ser atribuídas a Rubem Braga.
e) refazer uma biografia de Rubem Braga, voltando-se para a imaginação e ignorando os fatos realmente vividos pelo cronista.
9 -

Uma nova, clara e correta redação da frase A crônica foi, para ele, um gênero eminentemente confessional, e os fatos (...), sua matéria-prima poderá ser:

a) Para ele, por constituir um gênero com a iminência da confissão, a crônica encontrou nos fatos sua matéria-prima.
b) A sua matéria-prima foram os fatos, mas valeu-se da crônica como um gênero sobretudo apropriado às confissões.
c) Sendo um gênero próprio para as confissões, suas crônicas foram apoiadas na matéria-prima dos próprios fatos.
d) O confessionalismo das crônicas, que adotou como gênero, as quais eram marcadas pelos fatos como base de sua matéria-prima.
e) A matéria-prima dos fatos constituía-se no gênero de suas crônicas, onde estas eram caracterizadas pelo teor confessional.
10 -

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Nunca ocorreram aos grandes cronistas, em seus textos, basearem-se tão somente nas experiências de fato vividas por eles.
b) Devem haver mentiras montadas de forma tão convincente e elegante que são possíveis de soarem como se fossem verdades.
c) Deve-se a um bom biógrafo as elucidações que cabem para se associarem uma obra aos acontecimentos de uma vida.
d) Não é de se esperar que provenham de um cronista de jornal, de um discreto Rubem Braga, confissões como as que dele emergiam.
e) A nenhum dos leitores de Rubem Braga conviriam julgar que a imaginação dos fatos pode ser mais forte do que a sua verdade imediata.

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