Na charge, o efeito de humor deve-se prioritariamente:
a)
à deselegância do garçom ao anunciar, em tom coloquial e em voz alta, a falta de gelo. |
b)
ao descabido uso de fones pelas personagens que compõem a cena. |
c)
à possibilidade de se entender a fala do garçom como alusão a questões climáticas do planeta. |
d)
à indiferença da plateia diante da inesperada notícia. |
e)
à inadequação de bebidas serem servidas em reunião de líderes das principais nações do mundo. |
A frase que traduz corretamente o que se tem na charge é: O garçom disse que o gelo
a)
havia acabado. |
b)
estava para acabar. |
c)
acabaria fatalmente, em breve espaço de tempo. |
d)
acaba logo. |
e)
havia acabado naquele exato instante. |
1 E se uma droga derivada do alcaçuz fosse capaz de salvar as nossas recordações? Segundo um estudo da Universidade de Edimburgo (Escócia), a carbenoxolona melhora as capacidades mentais dos idosos, incluindo a memória, 5 que vai se deteriorando com o passar dos anos. Essa substância − na realidade, um agente derivado da raiz do alcaçuz − poderá ser útil para combater o mal de Alzheimer e talvez também para melhorar nossa performance nos exames. “As memórias são um ‘fato’ químico”, confirma Nancy 10 Ip, diretora de Instituto de Pesquisa em Hong Kong: “Recentemente, nós identificamos a proteína que contribui para a sobrevivência e para o desenvolvimento das células nervosas e que poderia oferecer recursos para criar medicamentos contra doenças que afetam a memória”. 15 Enquanto se espera que os estudos possam conduzir a resultados mais concretos, o que podemos fazer para melhorar a nossa capacidade mental? A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis. Ela não é monolítica, mas constituída de 20 diversas atividades e funções. Uma importante distinção a ser feita é entre a memória de curto e a de longo prazo. A primeira, que é encarregada de reter as informações por pouco tempo, localiza-se no lobo parietal inferior e no lobo frontal do cérebro, enquanto a memória de longo prazo é 25 ligada ao hipocampo e às áreas vizinhas. De acordo com Alan Baddelay, da universidade inglesa de York, a memória de curto prazo tem espaço limitado, podendo reter de cinco a nove unidades de informação: palavras, datas, números. Já a memória de longo 30 prazo é ilimitada. O problema é arquivar a informação na memória de longo prazo, para recordar quando necessário. Como? “Quanto mais a pessoa souber, mais fácil será recordar”, diz Baddelay. Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, 35 ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas tem mais facilidade para aprender um novo. (Adaptado de Fabíola Musarra, “Memória: segredos para explorar todo o seu poder”. In. Planeta: conheça o mundo, descubra você. Ed. Três. Edição 447, Ano 37, Dez/2009, p.41-42)
Considerado o primeiro parágrafo do texto, é correto afirmar:
a)
A frase inicial levanta hipótese que, embora expres- sando um desejo humano, se revela fantasiosa, pois não tem apoio algum na realidade atual. |
b)
A carbenoxolona é a nova droga que garantirá imunidade contra o mal de Alzheimer. |
c)
A capacidade mental mais afetada com o passar do anos é a memória, conforme estudo realizado com idosos em universidade escocesa. |
d)
Pessoas que não apresentam bom desempenho em exames podem ser potenciais portadores de doenças como o mal de Alzheimer. |
e)
Na base da memória está um mecanismo químico que a ciência começa a conhecer. |
No segundo parágrafo do texto, a autora,
a)
ao definir o que é a memória, expressa seu desacordo com o entendimento de Nancy Ip sobre essa capacidade mental. |
b)
ao afirmar que a memória não é monolítica, quer dizer que a memória não se compõe de um único elemento. |
c)
ao mencionar a importante distinção, refere-se a uma diferença que os pesquisadores citados têm deixado de lado em seus trabalhos. |
d)
ao caracterizar a memória de curta e a de longa duração, revela que a primeira é a que a maioria das pessoas apresenta, e a segunda, só cérebros privilegiados. |
e)
ao caracterizar a memória de curta e a de longa duração, mostra que a segunda é a menos conhecida pelos pesquisadores. |
Considerado o terceiro parágrafo, é correto afirmar:
a)
O emprego da expressão podendo reter evidencia que afirmações sobre a memória de curto prazo são unicamente suposições. |
b)
Palavras, datas e números fixam-se de modo exclusivo na memória de curto prazo. |
c)
A memória de longo prazo já ultrapassou, na contemporaneidade, todo o seu limite. |
d)
O desafio a enfrentar não é a limitação do espaço da memória de longo prazo, mas o arquivamento das informações para posterior utilização. |
e)
A autora apresenta um problema para o qual ainda não existem soluções possíveis. |
Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas tem mais facilidade para aprender um novo.
A redação que, clara e correta, preserva o sentido original de um segmento do trecho acima transcrito é:
a)
Suscintamente dizendo a memória não é vaso preenchível, quando ela possibilita a adição de novas informações. |
b)
De modo resumido, a memória não é própria para ser preenchida em plenitude, pois, contrariamente, é passível a receber informações sequenciais. |
c)
Sintetizando: opostamente a memória admite informações originais, em vez de constituir objeto a ser preenchido. |
d)
Aquele que faz uso de idioma articulado e rico, pode ter recordação fácil. |
e)
O aprendizado de um novo idioma dá-se de maneira mais fácil para as pessoas que já conhecem outras línguas. |
Uma análise do texto permite afirmar com correção que:
a)
Caso se tratasse de mais de uma substância, além da carbenoxolona, a concordância estaria correta assim "Essas substâncias [...] podem ser útil para combater o mal de Alzheimer". |
b)
O emprego dos parênteses, na linha 3, é exigido pela natureza da informação: o maior rigor na especificação do local. |
c)
A vírgula depois de memória (linha 5) é optativa, pois, se for retirada, o sentido original da frase não se altera. |
d)
Construções como as nossas recordações e nossa performance constituem marcas da subjetividade do autor ao tratar do tema. |
e)
Na frase A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, o emprego de armazenar constitui redundância inadequada, pois essa palavra nada acrescenta ao sentido de adquirir. |
1 Reforçam-se as evidências da baixa qualidade de ensino em cursos de medicina do país. Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005, quando o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de 5 São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação, facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos. Neste ano, 56% dos formandos que prestaram o exame foram reprovados. O número já é expressivo, mas é razoável supor que a proporção de estudantes 10 despreparados seja maior. A prova não é obrigatória, e os responsáveis por sua execução avaliam que muitos dos maus alunos boicotam o exame, frequentemente estimulados por suas faculdades. A prova da Ordem dos Advogados do Brasil pode 15 fornecer um parâmetro, ainda que imperfeito. Na primeira fase do exame da OAB neste ano, o índice de reprovados na seccional paulista chegou a 88%. A vantagem do teste entre advogados está em sua obrigatoriedade. Trata-se de uma prova de habilitação, 20 ou seja, a aprovação é indispensável para o exercício da profissão. É do interesse da sociedade, da saúde pública e de seus futuros pacientes que os alunos de medicina também sejam submetidos a uma prova de habilitação obrigatória. 25 O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficiente. Devido ao caráter prático da atividade médica, seria imprescindível, afirma a entidade, a realização de provas que averigúem 30 essa capacidade entre os recém-formados. Se implementado nesses moldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos 35 cursos universitários de medicina. (Editorial da Folha de S. Paulo, 17 de dez. de 2009, Opinião, A2)
Considere as afirmações abaixo sobre o editorial.
I. Faz sugestivo jogo de palavras: usa a expressão Exame médico, que remete à inspeção feita no corpo de um indivíduo para chegar a um diagnóstico sobre seu estado de saúde, para referir uma prova de avaliação a ser realizada por formandos em medicina.
II. Aproxima a área médica e a área do direito, acerca da avaliação dos indivíduos que desejam exercer as respectivas profissões, de modo a evidenciar o reconhecimento, em plano mundial, da fragilidade da formação desses futuros profissionais.
III. Critica a imperfeição do sistema de avaliação dos formados em direito, considerando essa falha como fator que tira da prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil a possibilidade de ser tomada como padrão para outras áreas do conhecimento.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a)
I. |
b)
I e II. |
c)
I e III. |
d)
II. |
e)
II e III. |
Considerado o contexto, está corretamente entendido o seguinte segmento:
a)
(linhas 5 e 6) decidiu implementar uma prova de avaliação [...] dos conhecimentos dos futuros médicos / determinou que uma das partes do exame acerca dos conhecimentos dos futuros médicos fosse mais rigorosa. |
b)
(linhas 9 e 10) é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior / suficientes razões permitem a suspeita de que a porcentagem de estudantes despreparados seja maior. |
c)
(linhas 11 e 12) muitos dos maus alunos boicotam o exame / a maior parte dos alunos, mal preparados, é responsável pela baixíssima média das notas do exame. |
d)
(linha 25) defende o exame compulsório / opta por realizar exame mais abrangente no que se refere aos temas de saúde. |
e)
(linhas 28 e 29) seria imprescindível [...] a realização de provas / seria inoportuna a exigência de provas. |
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