Disponível em: http://3.bp.blogspot.com. Acesso em: 27 jul. 2015.
Essa charge apresenta uma crítica bem humorada sobre a proliferação do mosquito transmissor da dengue. O humor no texto é construído a partir da conjugação da
a) atitude invasiva dos mosquitos, com o uso da expressão “diz ele...”.
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b) expressão irritadiça do dono da casa e da fala “...esse cara”.
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c) ação dos mosquitos abrindo a geladeira, com a expressão “dono da casa”.
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d) presença de mosquitos da dengue relaxando no sofá, com a pergunta “Quem é...”.
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O cão e a carne
Ia um cão atravessando um rio; levava na boca um bom pedaço de carne. No fundo da água, viu a sombra da carne; era muito maior. Cobiçoso, soltou a que tinha na boca para agarrar na outra; por mais, porém, que mergulhasse, não alcançou.
Disponível em: www.ebooksbrasil.org. Acesso em: 25 set. 2013 (adaptado).
A fábula é um texto cujos personagens, geralmente, são animais com características humanas. O objetivo desse texto é apresentar
a) exemplos de vida.
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b) denúncias sociais.
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c)
ensinamentos morais.
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d) experiências pessoais.
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"Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?"
"Infelizmente, cavalheiro..."
"Ora, você sabe do que eu estou falando."
"Estou me esforçando, mas..."
"Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?"
"Se o senhor diz, cavalheiro."
"Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero."
"Sim, senhor. Pontudo numa ponta."
"Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?"
VERISSIMO, L. F. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1982.
Analisando o diálogo apresentado no texto, percebe-se que falhas na comunicação poderiam ser minimizadas se o consumidor
a) empregasse marcas de oralidade.
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b) evitasse expressões imprecisas.
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c)
eliminasse a representação gestual.
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d) usasse a linguagem informal.
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De acordo com o Manifesto do Fair Play, parte-se do entendimento de que alguns de seus conceitos básicos são: o respeito às regras, o respeito ao árbitro e a aceitação de suas decisões, o respeito ao adversário, o desejo de igualdade, e a dignidade (não violência). Aqui, destaca-se também o papel dos pais, dos treinadores e dos atletas profissionais na busca da prática do jogo limpo e honesto.
UNESCO. Cadernos de referência de esporte 10: Valores no esporte. Brasília: Fundação Vale, 2013 (adaptado).
É reconhecida como uma atitude contrária ao valor do fair play o(a)
a) respeito aos resultados de uma partida, aceitando a derrota.
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b)
uso do doping para melhoria do desempenho e da vitória no esporte.
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c) prática não violenta do esporte, mesmo que seja de contato físico.
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d) participação em comissões de atletas em prol da mudança das regras do esporte.
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Escola da mestra Silvina
Minha escola primária...
Escola antiga de antiga mestra.
Repartida em dois períodos
para a mesma meninada,
Das 8 às 11, da 1 às 4.
Nem recreio, nem exames.
Nem notas, nem férias.
Sem cânticos, sem merenda...
Digo mal ? sempre havia
distribuídos
alguns bolos de palmatória...
A granel?
Não, que a mestra
era boa, velha, cansada, aposentada.
Tinha já ensinado a uma geração
antes da minha.
CORALINA, C. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 1993.
Na reconstrução, pela memória, do ambiente escolar e de sua professora, o eu lírico recorre a elementos que expõem uma visão
a)
irônica em relação às antigas práticas pedagógicas.
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b) magoada pela infância de escassez e de maus tratos.
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c) nostálgica em função da percepção do envelhecimento.
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d) questionadora acerca do perfil atual da escola e do aluno.
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Tantas palavras
Que eu conhecia
E já não falo mais, jamais
Quantas palavras
Que ela adorava
Saíram de cartaz
Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui.
CHICO BUARQUE. Tantas palavras. São Paulo: Cia. das Letras, 2006 (fragmento).
a) reflexão a respeito de um relacionamento amoroso a partir da maneira como o casal se comunica.
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b) menção a termos relativos ao cinema a fim de valorizar as variedades da fala brasileira.
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c)
presença de ensinamentos a respeito de como deve ser o modo de falar dos leitores.
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d) referência a sentimentos românticos para seduzir a mulher amada.
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Fui ver titia e ela continua insatisfeita com o poder aquisitivo do cruzeiro. Sabe muito bem que a inflação diminui, sabe muito bem que o produto bruto aumenta, mas acha que isso tudo, infelizmente, está custando a chegar no supermercado. Diz que o problema é o custo do aluguel, o custo do feijão, da carne e do arroz. O resto, realmente, não interessa. Olhei para titia, com meus olhos sábios, e não pude deixar de sorrir com tristeza ? o problema dela é que não consegue abandonar essa medíocre mania de querer simplificar a economia.
FERNANDES, M. 30 anos de mim mesmo. Rio de Janeiro: Desiderata, 2006.
A realidade social vivida pelas personagens, no texto, adquire expressividade pelo olhar de um narrador
a) debochado quanto às diferentes visões sobre a riqueza.
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b) saudosista em relação aos anos da sua infância rica.
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c)
cruel com o ponto de vista da tia sobre a economia.
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d) detalhista no relato dos fatos do seu tempo.
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A metamorfose
Valdirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi: ?Meu Deus!? A casa foi dedetizada há dois dias!??. Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na financeira e que o safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois, mas foram os cinco minutos mais felizes de sua vida.
VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2010 (fragmento).
Inspirado na obra A metamorfose, de Franz Kafka, o narrador mostra uma face do relacionamento humano, aqui representada pelo
a) questionamento quanto ao trabalho do homem.
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b) projeto de enriquecimento e de conquistas sociais.
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c) egoísmo da vida em comum, marcada pela indiferença.
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d) desapego inspirado pela certeza da brevidade da vida.
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A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.
Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico.
Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
? Não há nada a fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
ANDRADE, C. D. Rick e a girafa. São Paulo: Ática, 2001.
A sequência dos fatos que culminou na decisão da mãe de Paulo de levá-lo ao médico é estabelecida, no texto, pelo emprego das seguintes palavras:
a) "mentiroso", "voador" e "sétimo".
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b) "borboletas", "chácara" e "tapete".
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c) "Um dia", "na semana seguinte" e "Quando".
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d) "Siá Elpídia", "Dr. Epaminondas" e "Dona Coló".
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Os automóveis invadem a cidade
Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da cidade; grossos tubos, situados nas laterais externas dos carros, desprendiam, em violentas explosões, gases e fumaça escura. Estridentes fonfons de buzinas, assustando os distraídos, abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em suas desabaladas carreiras, infringiam as regras de trânsito, muitas vezes chegando ao abuso de alcançar mais de 20 quilômetros à hora, velocidade permitida somente nas estradas. Fora esse detalhe, o do trânsito, a cidade crescia mansamente. Não havia surgido ainda a febre dos edifícios altos; nem mesmo o ?Prédio Martinelli? ? arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não me engano do Brasil ? fora ainda construído. Não existia rádio, e televisão, nem em sonhos. Não se curtia som em aparelhos de alta-fidelidade. Ouvia-se música em gramofones de tromba e manivela. Havia tempo para tudo, ninguém se afobava, ninguém andava depressa.
GATTAI, Z. Anarquistas, graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 1986.
Esse trecho contribui para garantir a conservação da memória do nosso país, porque
a) a linguagem da população de São Paulo era pouco diversificada.
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b)
a linguagem utilizada indica um ritmo de vida acelerado na capital.
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c) as palavras empregadas revelam traços linguísticos de uma determinada época.
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d) as palavras usadas relacionam-se à indústria automobilística de São Paulo.
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