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Informações da Prova Questões por Disciplina Tribunal de Contas do Estado - TCE - Sergipe - Técnico de Controle Externo - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2011 - Prova Objetiva

Interpretação de Textos

A lingua portuguesa

A extinção de espécies animais é natural. De todas aquelas que já viveram neste planeta, 99% estão agora desaparecidas, e deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies. A questão é a rapidez com que isso ocorre.

Estudos mostram que o impacto da humanidade acelerou em 100 vezes o ritmo natural de extinção de espécies. Muitos cientistas acreditam que estamos assistindo à sexta extinção; as outras cinco ocorreram em épocas pretéritas. O impacto do homem sobre o ambiente e seu efeito devastador para a sobrevivência de muitos animais podem ser separados em cinco ameaças, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana: a perda ou fragmentação de hábitats, a caça predatória (a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução), a poluição, com destaque para pesticidas agrícolas e efluentes urbanos lançados em águas, a alteração climática e a introdução pelo homem de animais estranhos a determinado bioma.

O principal problema é, sem dúvida, a perda do hábitat. Quase 70% dos vertebrados que aparecem na lista de espécies ameaçadas são vítimas da expansão agrícola. Desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas, tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver.

A atual extinção, não é, felizmente, um destino inevitável. "Tornou-se consenso em boa parte do mundo que devemos nos preocupar com a natureza e que só assim continuaremos a nos desenvolver", diz a diretora da Global Footprint Network, organização dedicada a calcular o impacto do homem na biodiversidade. "Há mais engajamento na luta pela conservação, sobretudo por parte das empresas", completa.

(Filipe Vilicic. Veja, Edição Especial, Sustentabilidade, dez. 2010. p. 60-62, com adaptações)

1 -

Toda a exposição do texto caminha para a conclusão de que

a)

deve haver maior controle da expansão agrícola para reduzir a degradação do meio ambiente e, por consequência, a extinção de inúmeras espécies animais.

b)

a tentativa de algumas organizações no sentido de preservar a biodiversidade não tem produzido resultados relevantes, pois a extinção de espécies animais decorre naturalmente das alterações climáticas do planeta.

c)

já se percebe maior conscientização, em quase todo o planeta, com relação à necessária preservação do meio ambiente no sentido de minimizar o impacto da ação humana como forma de garantir a biodiversidade.

d)

ainda não há evidências a respeito dos resultados da atividade humana na diminuição da biodiversidade, embora a ameaça a algumas espécies esteja se tornando o foco principal de estudos científicos mais recentes.

e)

a destruição da biodiversidade será inevitável, em pouco tempo, pois é preciso escolher entre a produção de alimentos necessários à sobrevivência humana e a destinação de áreas para a conservação de espécies animais.

2 -

Estudos mostram que o impacto da humanidade acelerou em 100 vezes o ritmo natural de extinção de espécies. (início do 2.º parágrafo)

Com a informação acima, o autor

a)

busca comprovar a observação, apoiada em estudos científicos, de que A extinção de espécies animais é natural.

b)

apresenta um fato que vem justificar a afirmativa expressa anteriormente de que A questão é a rapidez com que isso ocorre.

c)

assinala certa desconfiança em relação às cinco ameaças para a sobrevivência das espécies, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana.

d)

condena algumas atividades decorrentes da presença humana, especialmente a expansão agrícola que, no entanto, considera ser inevitável.

e)

discorda do posicionamento assumido pela diretora da organização dedicada a calcular o impacto do homem na biodiversidade.

3 -

O sentido da expressão todas elas contornáveis (2.º parágrafo) se relaciona com

a)

o fato já constatado de que atualmente é quase impossível garantir a preservação da natureza em razão do atual desenvolvimento humano.

b)

a constatação da inevitável extinção de espécies animais decorrente da atividade humana no planeta, que garante a sobrevivência da humanidade.

c)

a importância da expansão das áreas de cultivo de alimentos, ainda que haja prejuízos a alguns biomas e às espécies animais que neles vivem.

d)

as evidências trazidas por estudos recentes de que há ciclos naturais de extinção de espécies animais sem interferência direta da ação humana.

e)

as atividades desenvolvidas por organizações voltadas para a preservação do meio ambiente no sentido de minimizar a possível extinção de espécies animais.

4 -

Identifica-se uma opinião pessoal e não um simples fato no segmento:

a)

A atual extinção, não é, felizmente, um destino inevitável.

b)

De todas aquelas que já viveram neste planeta, 99% estão agora desaparecidas, e deve-se contar com o sumiço de algu- mas subespécies.

c)

Quase 70% dos vertebrados que aparecem na lista de espécies ameaçadas são vítimas da expansão agrícola.

d)

A extinção de espécies animais é natural.

e)

Desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas, tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver.

Pontuação
5 -

Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto, está INCORRETA a afirmativa:

a)

Muitos cientistas acreditam que estamos assistindo à sexta extinção; as outras cinco ocorreram em épocas pretéritas. (2.º parágrafo)

O ponto e vírgula surge para separar os dois segmentos do período por meio de uma pausa mais forte.

b)

O longo segmento introduzido pelos dois-pontos no 2.º parágrafo constitui uma enumeração especificativa.

c)

... tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. (3.º parágrafo)

A presença de uma vírgula após o pronome que seria facultativa, pois não traria nenhuma alteração à estrutura da frase.

d)

(a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução)

O segmento entre parênteses, no 2.º parágrafo, contém sentido explicativo para a expressão caça predatória.

e)

Os segmentos isolados por aspas no último parágrafo correspondem a transcrições das palavras de uma autoridade envolvida com o problema apontado no texto.

Regência Nominal e Verbal
6 -

... e deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies. (1.º parágrafo)

A mesma relação existente entre o verbo e seu complemento, grifados no segmento acima, está em:

a)

... 99% estão agora desaparecidas ...

b)

... sem causar a ruína da economia humana ...

c)

O principal problema é, sem dúvida, a perda do hábitat.

d)

... que aparecem na lista de espécies ameaçadas ...

e)

Desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas ...

Compreensão e Interpretação de Textos
7 -

A conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional.

O respeito à vida pressupõe uma relação espiritual com a natureza.

A natureza nos cerca.

Necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência.

As frases acima se articulam de modo lógico, claro e correto no período:

a)

Já que a conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional, com que o respeito à vida pressupõe uma relação espiritual na natureza em nossa volta, porque necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência.

b)

Além do respeito à vida, que pressupõe uma relação espiritual com a natureza que nos cerca, a conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional, tendo em vista que necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência.

c)

Como a natureza nos cerca, e que necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência, a conservação de espécies animais vem a ser considerada uma escolha racional, como a relação espiritual com a natureza sendo o suposto respeito à vida.

d)

A natureza nos cerca, de que necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência, com a conservação de espécies animais devendo se considerar uma escolha racional, com o respeito à vida pressupondo uma relação espiritual com a natureza.

e)

Tendo em vista que a conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional, com o respeito à vida que supõe a relação espiritual com a natureza, é ela que nos cerca, sendo necessário a biodiversidade para nossa sobrevivência.

Interpretação de Textos

b lingua portuguesa

Vivemos na muito alardeada Era da Informação. Por cortesia da internet, temos a impressão de ter acesso imediato a tudo que alguém poderia querer saber. Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente. Há trilhões e trilhões de bytes circulando no éter – tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento.

E é precisamente esta a questão. No passado, nós colhíamos informações não só para saber as coisas. Isso era apenas o começo. Nós também colhíamos informações para convertê-las em alguma coisa maior que fatos e, em última análise, mais útil: em ideias que explicavam as informações. Buscávamos não só apreender o mundo, mas realmente compreendê-lo, que é a função primordial das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros.

Karl Marx chamou a atenção para a relação entre meios de produção e nossos sistemas sociais e políticos. Sigmund Freud nos ensinou a explorar nossas mentes como meio para compreender nossas emoções e comportamentos. Einstein reescreveu a física. Mais recentemente, Marshall McLuhan teorizou sobre a natureza da comunicação moderna e seu efeito na vida contemporânea. Essas ideias permitiram que nos desprendêssemos de nossa existência e tentássemos responder às grandes e atemorizantes questões de nossas vidas.

Mas se a informação foi um dia um alimento de ideias, na última década ela se tornou sua concorrente. Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato. Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. As ideias são tão etéreas, tão pouco práticas, trabalho demais para recompensa de menos. Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal.

[Neal Gabler (The New York Times, trad. de Celso M. Paciornik), A22, Internacional.

O Estado de S. Paulo, 21 de agosto de 2011, com adaptações]

8 -

No texto, o autor

a)

reconhece a atual facilidade com que as pessoas conseguem obter as mais diversas informações, concluindo pela real importância desse amplo conhecimento.

b)

lamenta a influência das informações disseminadas pela internet no pensamento dos grandes teóricos da humanidade.

c)

defende a tese de que, apesar do enorme afluxo de informações, a sociedade moderna desconhece quase inteiramente os ensinamentos do passado.

d)

condena os avanços tecnológicos, ainda que os meios eletrônicos possam favorecer a difusão de ideias grandiosas por todo o mundo.

e)

deixa clara a diferença entre o que se percebe apenas como fatos, muitas vezes sem maior relevância, e aquilo que se entende usualmente por ideias.

9 -

E é precisamente esta a questão. (2.º parágrafo)

A questão apontada refere-se à

a)

superioridade do número de informações trazidas pelos meios de comunicação disponíveis atualmente sobre as grandes ideias do passado, que perderam parte de seu valor no mundo moderno.

b)

convicção de que será possível retomar as grandes teorias formuladas por célebres pensadores a partir de um conhecimento histórico mais amplo, a ser oferecido pelos atuais sistemas de comunicação.

c)

observação a respeito da enorme quantidade de informações disponíveis à curiosidade de qualquer pessoa e da pouca disposição para uma análise mais aprofundada do conteúdo trazido por essas mesmas informações.

d)

valorização de todo o trabalho desenvolvido por grandes pensadores que vêm tentando explicar fenômenos da realidade que nos cerca, bem como as relações inerentes a toda a vida em sociedade.

e)

importância da internet no mundo moderno, que permitiu a universalização do conhecimento, dando margem ao aprofundamento das discussões concernentes às relações humanas.

10 -

O teor do 3.º parágrafo

a)

justifica, por meio de exemplos, a afirmativa de que Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros.

b)

confirma a declaração de que Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente.

c)

tenta comprovar que Há trilhões e trilhões de bytes circulando no éter – tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento.

d)

leva à conclusão lógica de que Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato.

e)

realça a importância do conhecimento, porque Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo.

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