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Informações da Prova Questões por Disciplina TRT - 20ª REGIÃO (SE) (Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região - Sergipe) - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC (Fundação Carlos Chagas) - 2016

Língua Portuguesa

Texto I

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 5.

Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de "mudar o mundo" não soa tão inalcançável. Os folhetos de cordel são

baratos, acessíveis e extremamente fáceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais para a sala

de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes podem ser tratados e debatidos.

Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, recebi centenas de mensagens com depoimentos de

educadores que compram meus folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de diversidade sexual e

história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil, séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta

falar, pela primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras na luta contra a escravidão.

Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba Gaba e Mariana Crioula protagonizam

discussões acaloradas sobre racismo e machismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para colocar

essas questões em pauta.

Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode trazer política, defesa de causas e críticas

sociais para a literatura de uma maneira profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a transformação da

sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.

Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que só deve acontecer quando todos os

empecilhos preconceituosos forem tirados do caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscando e

gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.

(Adaptado de: ARRAES, Jarid. "A literatura de cordel...", Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições, 2016, p. 12-13)

1 -

Leia as afirmações abaixo a respeito da pontuação do 2º parágrafo. I. A vírgula imediatamente após “anos” tem por função separar dois segmentos de função sintática semelhante no período. II. A vírgula imediatamente após “cordéis” justifica-se pelo fato de que todo o trecho anterior a ela, de caráter adverbial, antecede a oração principal. III. Imediatamente após o termo “rompidos” pode-se acrescentar uma vírgula, uma vez que separaria orações de sujeitos diferentes. Está correto o que se afirma em

a) II e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I, apenas.
e) III, apenas.

Texto II

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 9.

O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos,

assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como

idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente

novo.

A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas

transformações econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção.

Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso que proliferaram

os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados

Unidos, país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta,

não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com

conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente

do indivíduo.

Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do ?eu mereço". Alcançar sonhos, ideais ou mesmo

objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença

fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí

parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi

possível alcançar.

(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)

2 -

Atente para as afirmações abaixo. I.No texto, assinala-se a infantilização dos adultos de hoje que, de um lado, precisam de ajuda para resolver diversos tipos de conflito e, de outro, creem que atingirão suas metas sem maiores esforços. II.As mudanças históricas ocorridas no conceito de infância fizeram com que esta passasse de uma fase de brincadeiras criativas e formação educacional a um período de consumo extremo, amplamente explorado pelo mercado. III.A tendência atual de buscar “treinadores” que interferem em diversas áreas da vida, seja solucionando conflitos pessoais ou promovendo atitudes positivas no trabalho, é reflexo do aumento da competitividade, que faz com que os indivíduos tenham que se esforçar ao máximo para atingir suas metas. Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.

Texto III

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 9.

O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos,

assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como

idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente

novo.

A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas

transformações econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção.

Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso que proliferaram

os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados

Unidos, país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta,

não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com

conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente

do indivíduo.

Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do "eu mereço". Alcançar sonhos, ideais ou mesmo

objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença

fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí

parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi

possível alcançar.

(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)

3 -

Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está também sublinhado em:

a)

... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas...

b)

Não é por acaso que proliferaram os coaches.

c)

... país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo...

d)

E, mesmo que se esforcem muito...

e)

Hoje algo novo nesse cenário.

Texto IV

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 9.

O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos,

assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como

idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente

novo.

A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas

transformações econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção.

Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso que proliferaram

os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados

Unidos, país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta,

não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com

conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente

do indivíduo.

Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do "eu mereço". Alcançar sonhos, ideais ou mesmo

objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença

fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí

parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi

possível alcançar.

(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)

4 -

Identifica-se noção de concessão no segmento que se encontra em:

a) Quando essa crença fracassa... (último parágrafo)
b) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas... (1º parágrafo)
c) ... a partir do século XVIII. (1º parágrafo)
d) ... em permanente mudança e construção. (2º parágrafo)
e) ... embora estejamos na idade adulta... 3º parágrafo)
5 -

Afirma-se corretamente:

a) Mantendo-se a correção e o sentido, o segmento sublinhado em país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo (3º parágrafo) pode ser substituído por: “cuja a infância foi transformada”.
b) Fazendo-se as devidas alterações entre minúsculas e maiúsculas, as frases Hoje há algo novo nesse cenário / Vivemos a era dos adultos infantilizados (3º parágrafo) podem ser articuladas em um único período com o uso do sinal de doispontos.
c) No segmento O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente (1o parágrafo), o elemento sublinhado refere-se a “Ocidente”.
d) No segmento com direito à proteção dos pais e depois à do Estado (1º parágrafo), o sinal indicativo de crase que antecede o termo “do” é facultativo e pode ser suprimido.
e) O elemento sublinhado em é também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo (2º parágrafo) pode ser corretamente substituído por: “compelido”.
6 -

Está correta a redação que se encontra em:

a) Segundo pesquisadores, como nem todas as crianças vivem a infância propriamente dita, devido as suas condições econômicas, sociais e culturais, as particularidades da infância não são reconhecidas por todas as crianças.
b) A visão que os adultos atualmente tem da criança foi historicamente construído ao longo das transformações sóciais e históricas.
c) No passado, nem sempre as questões relacionadas à criança fazia com que esta fosse vista, pela sociedade, como um ser que necessita de atenção diferenciada e proteção do Estado.
d) Surge, no início do século XVII, juntamente com o desenvolvimento de noções inovadoras sobre o comportamento infantil, um novo tipo de literatura pedagógica destinada aos pais e educadores.
e) O desenvolvimento de sentimentos específicos em relação a infância tornaram-se mais significativos durante o século XVII, quando começa a mudar certos costumes começam a mudar.

Texto V

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 5.

Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de "mudar o mundo" não soa tão inalcançável. Os folhetos de cordel são

baratos, acessíveis e extremamente fáceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais para a sala

de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes podem ser tratados e debatidos.

Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, recebi centenas de mensagens com depoimentos de

educadores que compram meus folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de diversidade sexual e

história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil, séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta

falar, pela primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras na luta contra a escravidão.

Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba Gaba e Mariana Crioula protagonizam

discussões acaloradas sobre racismo e machismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para colocar

essas questões em pauta.

Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode trazer política, defesa de causas e críticas

sociais para a literatura de uma maneira profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a transformação da

sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.

Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que só deve acontecer quando todos os

empecilhos preconceituosos forem tirados do caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscando e

gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.

(Adaptado de: ARRAES, Jarid. "A literatura de cordel...", Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições, 2016, p. 12-13)

7 -

De acordo com o texto,

a) o cordel vem se tornando um objeto de museu, seja por ser um símbolo da cultura oral da população do Nordeste, seja pelo caráter edificante de suas histórias.
b) por mais que o cordel possa ser usado em aulas de língua portuguesa, não é este seu uso primordial, uma vez que se caracteriza por uma linguagem nem sempre recomendável.
c) o preconceito relacionado à literatura de cordel deve-se sobremaneira às histórias com protagonistas ligados a temas como diversidade sexual, racial e questões de gênero.
d) o cordel, por ser barato e de fácil difusão, pode ser usado como um instrumento de educação para um mundo mais igualitário, a começar pelo modo como ele próprio é visto pela sociedade.
e) o cordel presta-se aos mais variados fins ideológicos, por ser um suporte barato para ideias facilmente aceitáveis pelas minorias políticas, como mulheres e negros.
8 -

Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de “mudar o mundo” não soa tão inalcançável. Os folhetos de cordel são baratos, acessíveis e extremamente fáceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. (1o parágrafo) Mantendo-se a correção e a lógica, e fazendo-se as alterações necessárias na pontuação entre minúsculas e maiúsculas, as frases acima podem ser articuladas em um único período mediante o uso de, após “inalcançável”:

a) a tal ponto que
b) caso
c) uma vez que
d) conquanto
e) de maneira que
9 -

... uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade. (4o parágrafo). A respeito do verbo sublinhado acima, afirma-se corretamente:

a) Pode ser substituído pela forma “existam”, sem prejuízo para a correção.
b) O modo indicativo assinala a possibilidade de uma nova realidade.
c) O modo imperativo enfatiza o desejo do autor por uma cidade mais igualitária.
d) Pode ser substituído pelo verbo “haver”, tanto no singular como no plural.
e) O modo subjuntivo reforça o caráter exortativo da recomendação.
10 -

Mantendo-se o sentido, nos segmentos abaixo, o termo sublinhado que pode ser substituído por “a fim de" encontra-se em:

X

a) ... pode ser a oportunidade perfeita para colocar essas questões em pauta. (3º parágrafo)
b) ... e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais... (2º parágrafo)
c) Melhor ainda: são ideais para a sala de aula. (1º parágrafo)
d)

... a literatura de cordel é excelente para a transformação da sociedade... (4º parágrafo)

e)

... e pode trazer política, defesa de causas e críticas sociais para a literatura de uma maneira profundamente envolvente. (4º parágrafo)

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