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Informações da Prova Questões por Disciplina SESC - Sergipe - Assistente Técnico - Rotinas Trabalhistas - ADVISE - 2010 - Prova Objetiva

Língua Portuguesa

Saúde Pública no Brasil.

Leia com bastante atenção os textos I, II e III. E, com base neles, solucione, corretamente, a(s) questão(ões) que se segue(m):

                           TEXTO I

01 A saúde pública do Brasil tem se revelado de baixíssima qualidade e em quantidade inadequada para atender à população, notadamente, à população pobre. Quantas vezes temos visto, pela grande mídia, relatos e imagens que nos

05 deixam indignados e revoltados com falta de estrutura física e humana para atender às pessoas? Certamente, muitas vezes. Quem tem um plano de saúde privado passa pelo mesmo problema? O Brasil gasta de forma adequada com a saúde dos brasileiros?  

10 Os gastos com saúde no Brasil são gigantescos, entretanto, a carência de recursos médicos ainda persiste, notadamente nas regiões mais distantes dos grandes centros e nas periferias das grandes cidades brasileiras. O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) realizou um estudo

15 no qual comparou os gastos com saúde de diversos países. No Brasil, são gastos 7,6% do PIB por ano com saúde, destes, 45,6% são do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado. Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde, atendimentos avulsos,

20 hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de aproximadamente US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros países, o Brasil está em uma posição intermediária. Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público; na Alemanha, as

25 proporções são 11,1% e 78,2%; no Canadá, 9,9% e 69,9%; México, 6,2% e 46,4%; Argentina, 8,9% e 48,6%; no Chile, 6,1% e 48,8%. A média do conjunto dos países da América Latina é de 6,7% do PIB com gastos com saúde, sendo que 54,4% destes gastos correspondem ao gasto público. Na

30 média dos países considerados ricos, tem-se 10,8% do PIB com gastos de saúde com a participação do setor público sendo de 68,2%. Observa-se dos números acima que, nos países mais ricos, apesar de a renda média ser muito superior à renda do

35 Brasil, gastam em termos percentuais com saúde muito mais que o Brasil gasta. Além disso, mais da metade dos serviços médicos é paga pelo setor privado, embora muitos desses gastos privados acabem se tornando do setor público em razão das isenções e descontos no imposto de renda. O

40 Brasil gasta mais do que a média dos países da América Latina, entretanto, a participação do setor público é menor. Na comparação com os países ricos, no Brasil, temos, então, consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto) e muito menos participação do

45 setor público nos gastos totais com saúde. Isso tem levado o programa público de saúde, o Programa Único de Saúde (SUS), a atender quase que exclusivamente as pessoas mais pobres, visto que até mesmo a grande maioria das pessoas que trabalha em fábricas e em empresas

50 em geral está coberta por algum plano de saúde privado. Ficam para serem atendidas pelo programa do governo as pessoas que não possuem nenhum plano privado, correspondendo geralmente às pessoas desempregadas, às subempregadas, aos aposentados e às pessoas empregadas

55 de pequenas empresas. Esse universo de pessoas, apesar de constituir uma grande quantidade, tem muito pouca visibilidade e respeitabilidade entre os formadores de opinião e as autoridades responsáveis pela oferta de saúde pública para que suas vozes de reclamos sejam ouvidas por esses.

60 Esse é o principal motivo pelo qual a saúde pública é tão caótica em nosso país, ou seja, as nossas autoridades brasileiras e a sociedade não dão a atenção devida para as pessoas que precisam dos atendimentos médicos do setor público. Quando as próprias pessoas que utilizam a saúde

65 pública se organizarem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde serão ampliados significativamente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentarão bastante e as pessoas serão atendidas com muito

70 mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país.

http://ramoncardoso.blogspot.com/2009/07/saude-publica-no-brasil-hoje.html (Texto adaptado especialmente para o presente concurso.)

1 -

Com relação aos textos I, II e III, é incorreto afirmar que todos: 

a)

apresentam função apelativa;

b)

abordam o problema do precário atendimento na rede pública de saúde;

c)

abordam o problema da superlotação hospitalar;

d)

mostram o conformismo das pessoas frente aos problemas no setor de saúde;

e)

empregam a linguagem verbal e a não-verbal.

2 -

As afirmações abaixo se referem, respectivamente, a que textos?

I. Traz o humor como uma de suas principais estratégias de construção de sentido;

II. Possui, como uma de suas funções de linguagem predominantes, a função referencial;

III. Faz referência à rede pública e à rede privada de saúde;

IV. Emprega, como principal estratégia de construção de sentido e de humor, o jogo de palavras;

V. Para gerar humor e sentido, utiliza-se da comparação.

a)

textos 01 e 02; texto 03; texto 03; texto 01; e texto 02.

b)

texto 01, 02 e 03; texto 03; texto 03; texto 01; e texto 02.

 

c)

texto 01 e 02; texto 02; texto 03; texto02; e texto 01.

d)

texto 01; texto 02; texto 03; texto 03; e texto 03.

e)

texto 01 e 02; texto 03; texto 02; texto 01; e texto 02.

3 -

Os elementos coesivos destacados nas frases abaixo retomam, no texto III, respectivamente, que referentes?

I. “[...] realizou um estudo no qual comparou os gastos com saúde de diversos países” (linhas 14 e 15);.

II. “[...] 54,4% destes gastos correspondem ao gasto público [...]” (linha 29);

III. “Isso tem levado ao programa público de saúde [...] a atender quase que exclusivamente as pessoas mais pobres [...] (linhas 46 a 48);

IV. “Esse universo de pessoas, apesar de constituir uma grande quantidade, tem muito pouca visibilidade e respeitabilidade [...]” (linhas 55 a 57).

a)

gastos com saúde; 6,7 do PIB; no Brasil temos consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto) e muito menos participação do setor público nos gastos totais com saúde; as pessoas que não possuem nenhum plano de saúde;

b)

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA); 6,7 do PIB; a grande maioria das pessoas que trabalha em fábricas e em empresas em geral está coberta por algum plano de saúde privado; as pessoas que não possuem nenhum plano privado, correspondendo geralmente às pessoas desempregadas, às subempregadas, aos aposentados e às pessoas empregadas de pequenas empresas.

c)

estudo; 54,4 % destes gastos; a grande maioria das pessoas que trabalha em fábricas e em empresas em geral está coberta por algum plano de saúde privado; os formadores de opinião e as autoridades responsáveis pela oferta de saúde pública;

d)

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA); 54,4 % destes gastos; no Brasil temos consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto); os formadores de opinião e as autoridades responsáveis pela oferta de saúde pública;

e)

estudo; 6,7 do PIB; no Brasil temos consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto) e muito menos participação do setor público nos gastos totais com saúde; as pessoas que não possuem nenhum plano privado, correspondendo geralmente às pessoas desempregadas, às subempregadas, aos aposentados e às pessoas empregadas de pequenas empresas.

4 -

Os termos destacados nas assertivas abaixo, estabelecem - no texto III - respectivamente, as seguintes relações de sentido:

I. “[...] entretanto, a carência de recursos médicos ainda persiste” [...] (linhas 10 e 11).

II. “Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde, atendimentos avulsos, hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas [...]” (linhas 18 a 20).

III. “[...] Além disso, mais da metade dos serviços médicos é paga pelo setor privado [...]” (linhas 36 e 37).

IV. “[...] embora muitos desses gastos privados acabam se tornando do setor público em razão das isenções e descontos no imposto de renda” (linhas 37 a 39).

V. “no Brasil, temos, então, consideravelmente menos gastos com saúde (em termos do PIB e de valor absoluto) e muito menos participação do setor público nos gastos totais com saúde.” (linhas 42 a 45).

a)

adversidade; adição; adição; concessão; e conclusão.

b)

comparação; retificação; contraposição; conclusão; e adição.

c)

adversidade; retificação; complementação; contraposição; e condição.

d)

condição; contraposição, adição, adversidade; e conclusão.

e)

adversidade; retificação; adição; contraposição; e conclusão.

5 -

Dentre as frases abaixo, qual possui verbos que, no contexto em que se encontram, admitem tanto o singular como o plural? 

a)

“[...] até mesmo a grande maioria das pessoas que trabalha em fábricas e em empresas em geral está coberta por algum plano de saúde privado” (linhas 48 a 50);

b)

“[...] a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentarão bastante” (linhas 67 a 69);

c)

“No Brasil, são gastos 7,6% do PIB por anos com saúde, destes, 45,6% são do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado” (linhas 16 a 18);

d)

“Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público” (linhas 23 e 24);

e)

“O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) realizou um estudo no qual comparou os gastos com saúde de diversos países”(linhas 13 a 15).

6 -

Considerando o trecho abaixo, podemos inferir que:

No Brasil, são gastos 7,6% do PIB por ano com saúde, destes, 45,6% são do setor público e o restante corresponde aos gastos do setor privado. Aliás, no Brasil, o setor privado cobre, por meio de planos de saúde, atendimentos avulsos, hospitais e outras formas, cerca de 48 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de aproximadamente US$ 27,2 bilhões. Em comparação com outros países, o Brasil está em uma posição intermediária. Os Estados Unidos gastam 15,2% do PIB, sendo 44,6% do setor público; na Alemanha, as proporções são 11,1% e 78,2%; no Canadá, 9,9% e 69,9%; México, 6,2% e 46,4%; Argentina, 8,9% e 48,6%; no Chile, 6,1% e 48,8%. (linhas 16 a 27)".

a)

Em termos de proporção - arrecadação do PIB / gasto com setor público de saúde -, dentre os países citados no texto, o Brasil gasta mais que o México com o setor público de saúde;

b)

Em termos de proporção - arrecadação do PIB / gasto com setor público de saúde -, dentre os países citados no texto, o que mais gasta com o setor público de saúde são os Estados Unidos; e o que menos gasta é o Chile;

c)

Em termos de proporção - arrecadação do PIB / gasto com setor público de saúde -, dentre os países citados no texto, o que mais gasta com o setor público de saúde é a Alemanha; e o que menos gasta são os Estados Unidos;

d)

Em termos de proporção - arrecadação do PIB / gasto com setor público de saúde -, dentre os países citados no texto, os que mais gastam com o setor público de saúde são, respectivamente, Estados Unidos, Alemanha e Argentina.

e)

Em termos de proporção - arrecadação do PIB / gasto com setor público de saúde -, dentre os países citados no texto, o que menos gasta com o setor público de saúde é o Brasil.

7 -

No texto I, para gerar humor, o vocábulo paciente é empregado com que sentido? 

a)

pessoa que está sob os cuidados médicos;

b)

pessoa que espera serenamente, resignada, conformada;

c)

aquele que recebe a ação praticada por um agente;

d)

réu que vai ser condenado à pena de morte;

e)

pessoa que está gravemente doente.

8 -

No texto II, as expressões barraca de camping e mantimentos geram humor porque estabelecem, implicitamente, a comparação:

a)

espera para atendimento em hospitais / acampamento;

b)

espera para atendimento em hospitais públicos / acampamento;

c)

espera para atendimento em hospitais públicos / piquenique;

d)

espera para atendimento na rede pública de saúde / piquenique;

e)

espera para atendimento na rede pública de saúde / acampamento.

Interpretação de Textos
9 -

– Nas frases abaixo, a função sintática Sujeito está sendo exercida, respectivamente, pelas expressões:

I. “A saúde pública do Brasil tem se revelado de baixíssima qualidade e em quantidade inadequada para atender à população, notadamente, à população pobre” (linhas 01 a 03);

II. “Quantas vezes temos visto, pela grande mídia, relatos e imagens que nos deixam indignados e revoltados com falta de estrutura física e humana para atender às pessoas” (linhas 03 a 06);

III. “Isso tem levado o programa público de saúde, o Programa Único de Saúde (SUS), a atender quase que exclusivamente as pessoas mais pobres” (linhas 46 a 48).

(Questão anulada)
a)

A saúde; nós (que aparece, implicitamente, sob a forma desinencial), relato e imagens; Isso e o programa público de saúde;

b)

A saúde pública do Brasil; nós (que aparece, implicitamente, sob a forma desinencial), relato e imagens; Isso e o programa público de saúde;

c)

A saúde pública do Brasil; relato e imagens; Isso e o programa público de saúde;

d)

A saúde pública do Brasil; nós (que aparece, implicitamente, sob a forma desinencial), relato e imagens; Isso e o programa público de saúde;

e)

A saúde pública, a população; relatos e imagens, nos; Isso, Programa Único de Saúde.

10 -

Para reescrevermos o período a seguir, transformando a oração subordinada adverbial temporal em oração subordinada adverbial condicional, atentando para a correlação e o paralelismo verbais, bem como para coerência do período, devemos fazer que alterações:

Quando as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizarem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde serão ampliados significativamente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentarão bastante e as pessoas serão atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país” (linhas 64 a 71).

(Questão anulada)
a)

Quando as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizassem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde seriam ampliados significativamente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentariamo bastante e as pessoas seriamo atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país”;

b)

Ainda que as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde serão ampliados significativamente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentarão bastante e as pessoas serão atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país”;

c)

No momento em que as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde serão ampliados significativaente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentarão bastante e as pessoas serão atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país”

d)

Se as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizassem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde seriam ampliados significativamente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentariam bastante e as pessoas seriam atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país.

e)

Se as próprias pessoas que utilizam a saúde pública se organizarem de forma eficaz e sistemática, criando um movimento firme e forte, então, os gastos com a saúde seriam ampliados significativamente, a qualidade e a quantidade dos serviços de saúde pública no Brasil aumentarão bastante e as pessoas são atendidas com muito mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos em todo o nosso país.

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