Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente de trabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era ―"trabalho" e seu sobrenome, ― "sempre".
Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiu para valer, sem se preocupar com o inverno que estava por vir. Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta, entrou em sua singela e aconchegante toca repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari, com um aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou para a formiguinha:
– Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca?
– Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu grana pra ir a Paris e comprar essa Ferrari?
– Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana passada, e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá?
– Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO QUE O CARREGUE!
MORAL DA HISTÓRIA: "Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine".
Fábula de La Fontaine reelaborada. (Disponível em: http://www.geocities.com/soho/Atrium/8069/Fabulas/fabula2.html) Texto adaptado.
Levando em consideração a fábula original, percebe-se diferença no fato de:
a)
A formiga trabalhar demais. |
b)
A cigarra aproveitar a vida. |
c)
A formiga armazenar comida para o inverno. |
d)
A cigarra, sem trabalhar, aparecer com uma Ferrari. |
Segundo o texto, a formiga se surpreendeu porque a cigarra:
a)
Ficou completamente sem comida. |
b)
Iria passar o inverno em Paris. |
c)
Foi tomar uma cervejinha no final de expediente de trabalho. |
d)
Preocupou-se com o inverno que estava por vir. |
Leia:
"(...) Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente de trabalho ( ...)".
Marque a alternativa cuja palavra destacada estabeleça a mesma relação da que se encontra sublinhada acima:
a)
"(...) Mas o que lhe aconteceu? (...)" |
b)
"(...) Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá (...)" |
c)
"(...) Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu (...)" |
d)
"(...) E a cigarra falou para a formiguinha (...)" |
"(...) Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca.(... )".
Marque a alternativa em que haja erro de regência do verbo "chamar":
a)
Ninguém lhe chamou aqui, senhora. |
b)
Chamaram-lhe charlatão. |
c)
A menina teve medo e chamou pela mãe. |
d)
Aos nativos, Colombo chamou de índios. |
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos.
Revista Superinteressante, junho, 1988, n.º 6, ano 2.
Conforme o texto, no século XV:
a)
Garfos e colheres inexistiam nas mesas de refeição. |
b)
O rei era apenas alguém emblemático. |
c)
Os nobres dominavam a escrita. |
d)
A etiqueta existia antes desse período. |
A etiqueta surgiu como forma:
a)
De igualdade social. |
b)
De diferenciação de classes. |
c)
De marcar uma diferenciação etimológica. |
d)
De equidade entre os vassalos. |
"(...) Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. (... )".
Ao trocar a palavra "pessoas" por "a maioria da população" a concordância efetuarse- á:
a)
Com o verbo obrigatoriamente no plural. |
b)
Com o verbo obrigatoriamente no singular. |
c)
Com o verbo obrigatoriamente flexionado em grau. |
d)
Com o verbo no singular ou no plural. |
"(...) Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço.(... )".
A oração destacada classifica-se como:
a)
Oração subordinada substantiva subjetiva. |
b)
Oração coordenada explicativa. |
c)
Oração subordinada adjetiva explicativa. |
d)
Oração subordinada adverbial causal. |
A socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo de 173 filhos de divorciados. Ao atingir a idade adulta,o índice de problemas emocionais nesse grupo era equivalente ao dos filhos de pais casados. Mas Ahrons observou que eles "emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez por causa dos divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros trabalhos apontaram para conclusões semelhantes. Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de divorciados em dois: os que se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito. Os filhos dos primeiros iam bem na escola e eram tão saudáveis emocionalmente quanto os filhos de casais "estáveis". (...)
Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é possível apontar pontos positivos para os filhos de separados. "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é bom, num mundo que nos empurra para uma eterna dependência."
REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.
A opinião da socióloga, do professor e do autor do texto, em relação aos efeitos da separação dos pais sobre os filhos é:
a)
Conflitante. |
b)
Dissintônica |
c)
Consentânea. |
d)
Incompatível. |
De acordo com o texto, é CORRETO afirmar:
a)
Para uma criança, a solução perfeita seria a união dos pais, embora haja algo positivo para filhos de pais separados. |
b)
Os filhos de pais separados crescem sempre em um ambiente harmonioso entre os pais. |
c)
Os casais "estáveis" sempre apresentam desajustes em relação à criação dos filhos. |
d)
A pesquisa da socióloga apontou que o índice de problemas emocionais dos filhos de pais casados é maior. |
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