A situação fiscal brasileira é bem melhor que a da maior parte dos países desenvolvidos, mas bem pior que a da maioria dos emergentes, segundo números divulgados pelo FMI. Para cobrir suas necessidades de 5 financiamento, dívida vencida e déficit orçamentário, o governo brasileiro precisará do equivalente a 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e 18% no próximo. A maior parte do problema decorre do pesado endividamento acumulado ao longo de 10 muitos anos. Neste ano, as necessidades de cobertura correspondem a pouco menos que o dobro da média ponderada dos 23 países – 9,5% do PIB. Países sul- americanos estão entre aqueles em melhor situação, nesse conjunto. O campeão da saúde fiscal é o Chile, 15 com déficit orçamentário de 0,3% e compromissos a liquidar de 1% do PIB. As previsões para o Peru indicam um superávit fiscal de 1,1% e dívida a pagar de 2,5% do PIB. A Colômbia também aparece em posição confortável, com uma necessidade de 20 cobertura de 3,9%. Esses três países têm obtido uma invejável combinação de estabilidade fiscal, inflação controlada e crescimento firme nos negócios.
(Adaptado de O Estado de São Paulo, Notas & Informações. 21 de abril de 2012)
Infere-se das relações entre as ideias do texto que
a)
a situação fiscal de um país não é, necessariamente, proporcional ao seu desenvolvimento. |
b)
países emergentes apresentam, geralmente, uma relação de baixo PIB e alto superávit fiscal. |
c)
países sul-americanos apresentam pouco mais que a metade da média ponderada de outros países. |
d)
o Brasil tem demonstrado vigor para superar, dentro de dois anos, os três países sul-americanos com melhor saúde fiscal. |
e)
inflação controlada provoca crescimento firme nos negócios, o que resulta em estabilidade fiscal. |
No texto acima, provoca-se erro gramatical ou incoerência na argumentação ao
a)
substituir a preposição "Para"(L.4) pela locução Afim de. |
b)
inserir o termo do depois de "melhor"(L.1) e de "pior"(L.2). |
c)
substituir o termo "do problema"(L.8) por sua correspondente flexão de plural: dos problemas. |
d)
substituir o travessão depois de "países"(L.12) por uma vírgula. |
e)
suprimir o artigo indefinido antes de "superávit"(L.17). |
Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações de concordância no texto abaixo.
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucratividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favoráveis. 5 Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),as receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Financiamento 10 da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital, 15 responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF.
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/carta05/7, acesso em 29/4/2012)
a)
Na linha 2, emprega-se o singular em "proporcionou" para respeitar as regras de concordância com "economia"(L.1). |
b)
Na linha 5, o uso do plural em "valores" é responsável pela flexão de plural em "deflacionados"(L.6). |
c)
O plural em "resultados"(L.4) é responsável pela flexão de plural em "Elevaram-se"(L.5). |
d)
O singular em "a arrecadação"(L.11) é responsável pela flexão de singular em "fez aumentar"(L.11). |
e)
A flexão de plural em "foram"(L.14) justifica-se pela concordância com "relevantes". |
Leia o fragmento de entrevista abaixo para responder à(s) questões
CARTA CAPITAL: Como o senhor avalia a economia brasileira? Roberto Frenkel: A queda do crescimento da economia teve a ver com três acontecimentos. A situação nos EUA está mais positiva, há otimismo no 5 mercado norte-americano, as ações subiram e estão no pico pós-crise, mas ainda é uma recuperação modesta. Na zona do euro, serão dois trimestres consecutivos em queda, o que, de acordo com a definição convencional, caracteriza recessão. E a China está claramente 10 em desaceleração. Essas realidades tiveram um efeito negativo sobre o crescimento brasileiro ao longo do segundo semestre de 2011. Outro fator foi a valorização cambial. No fim do ano passado, o real chegou a acumular a maior valorização cambial 15 desde o início da globalização financeira, ou seja, desde o fim dos anos 1960; e isso tem um efeito muito negativo sobre a indústria e a atividade de modo geral.
(Trecho adaptado da entrevista de Roberto Frenkel a Luiz Antonio Cintra, Intervir para ganhar. Carta Capital, 18 de abril de 2012, p.78)
Analise as seguintes possibilidades para apresentar, de maneira resumida, a argumentação da resposta do entrevistado:
A queda no crescimento da economia no Brasil
I. tem motivos causados pela desvalorização do real: otimismo no mercado americano (depois da crise); nova definição de recessão na zona do euro e a China com desaceleração do mercado.
II. pode ser relacionada a quatro fatores: otimismo no mercado americano, recessão na zona do euro, desaceleração na China e valorização cambial do real.
III. deve-se a acontecimentos internacionais, como a alta das ações americanas, a desindustrialização da China, a queda na zona do euro, com valorização cambial.
Preservando a coerência e a correção gramatical,
a)
apenas II e III estão corretas. |
b)
apenas III está correta. |
c)
apenas I e II estão corretas. |
d)
apenas I e III estão corretas. |
e)
apenas II está correta. |
Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto.
a)
Preservam-se a coerência e a correção gramatical do texto, conferindo-lhe mais formalidade, ao substituir a expressão "teve a ver"(L.3) por viu. |
b)
O uso de "ainda"(L.6) indica que a "recuperação modesta"(L.6) tem expectativas de vir a melhorar. |
c)
A flexão de singular em "há"(L.4) deve-se à concordância com "otimismo"(L.4). |
d)
O uso do tempo e modo verbais em "serão"(L.7) sugere hipótese, possibilidade na declaração, incerteza de que isso venha a acontecer. |
e)
O pronome "isso"(L.16) retoma a ideia expressa por "globalização financeira"(L.15). |
Assinale a opção que apresenta erro gramatical inserido na transcrição do fragmento abaixo.
O dinamismo da indústria ao longo do ano, particularmente no setor de veículos automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou o crescimento real da receita de Imposto sobre 5 Produtos Industrializados (IPI) em 14%. Contaram, também, como fatores impulsionadores da receita, as ações administrativas desenvolvidas pela Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda no trabalho de recuperação de débitos atrasados. 10 Houve, também, mudanças na legislação tributária. Contribuiu, ainda, para o aumento da arrecadação, o recebimento de concessões para exploração de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel celular, a receita de dividendos da União e a receita 15 de cota-parte de compensações financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço do petróleo no mercado internacional em parte deste ano.
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ carta05/7, acesso em 29/4/2012)
a)
vírgula depois de "minerais" (L.3). |
b)
iniciais maiúsculas em "Imposto sobre Produtos Industrializados" (L.4 e 5). |
c)
flexão de singular no verbo "Contribuiu" (L.11). |
d)
preposição "em" (L.5) antes de 14%. |
e)
repetição da conjunção "e" na enumeração das linhas 13 e 14. |
Leia o seguinte texto para responder à(s) questão(ões).
A oferta total de crédito na economia brasileira dobrou nos últimos oito anos. A queda da inflação, a diminuição da taxa básica de juros e também a criação de novas modalidades de financiamento, 5 como o consignado, contribuíram para o aumento da disponibilidade de crédito. Isso foi decisivo para o crescimento do consumo e tem sido um dos principais dínamos do PIB. Mas começam a ficar evidentes os sinais de fadiga nessa expansão econômica baseada 10 no endividamento. Mesmo com o barateamento do dinheiro provido pelo Banco Central, o crédito ficou mais caro para os consumidores. Preocupado com a falta de vigor da economia, o governo determinou que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal 15 reduzissem as suas taxas. No cheque especial e no financiamento de veículos, por exemplo, os juros que agora serão cobrados pelos bancos públicos são praticamente a metade das taxas médias de mercado.
(Adaptado de Veja, 18 de abril, 2012)
Assinale a opção que fornece uma continuidade gramaticalmente correta e coerente para a argumentação do texto.
a)
Ou seja, esses bancos passaram a pagar menos pelo dinheiro que captam no mercado, aumentando as possibilidades de conssessão de empréstimos. |
b)
Essa e outras medidas teriam a finalidade de aquecer de novo a economia, por meio do estímulo ao consumo e impulso para os investimentos. |
c)
Mas essas medidas foram eclipsadas pelo aumento dos spreads bancários como é chamada a diferença entre o juro que o banco paga e o juro que cobra. |
d)
Provisões para cobrir essa inadimplência e o peso da tributação responde por mais da metade do custo do dinheiro que os bancos repassam aos consumidores. |
e)
No entender dos analistas essas medidas com respeito às taxas excessivas traz a ameaça de causar prejuízos que mais tarde terão que ser cobertos pelo Tesouro. |
Provoca-se erro gramatical e/ou incoerência textual ao fazer a seguinte alteração nos verbos do fragmento acima.
a)
virão a ser em lugar de "serão"(L.17). |
b)
têm contribuído em lugar de "contribuíram"(L.5). |
c)
vem sendo em lugar de "tem sido"(L.7). |
d)
reduzam em lugar de "reduzissem"(L.15). |
e)
dobrara em lugar de "dobrou"(L.2). |
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões).
O Brasil vive uma situação intrigante: enquanto a economia alterna altos e baixos, a taxa de desemprego cai de forma consistente. Uma das possíveis causas é a redução do crescimento demográfico, 5 que desacelera a expansão da população apta a trabalhar. Com menos pessoas buscando uma ocupação, a taxa de desemprego pode cair mesmo com o baixo crescimento. Isso é bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de obra reduz o 10 número de desempregados e aumenta a renda. Por outro, eleva os custos e reduz a competitividade das empresas, o que pode levá-las a demitir para reequilibrar as contas. É uma bomba-relógio que só pode ser desarmada com o aumento da produtividade 15 – para manter o emprego, os trabalhadores precisarão ser treinados para produzir mais.
(Adaptado de Ernesto Yoshida, Outro ângulo. Exame, ano 46, n. 7,18/4/2012)
Provoca-se erro gramatical, com consequente incoerência textual, ao alterar as relações de coesão no texto, inserindo
a)
o termo desse desemprego depois de causas(L.4). |
b)
o pronome nossa antes de economia(L.2). |
c)
o pronome seu antes de baixo crescimento(L.8). |
d)
o termo para o Brasil depois de bom(L.8). |
e)
o pronome suas antes de contas(L.13). |
Desconsiderando os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas e minúsculas, provoca-se erro gramatical e/ou incoerência textual ao
a)
retirar o sinal de dois pontos depois de "intrigante" (L.1) e, ao mesmo tempo, substituir a vírgula depois de "baixos"(L.2) pelo sinal de dois pontos. |
b)
substituir o sinal de interrogação depois de "bom"(L.8) por um sinal de ponto e vírgula. |
c)
inserir uma vírgula depois de "cair"(L.7). |
d)
substituir o ponto depois de "Depende"(L.8) pelo sinal de dois pontos e, ao mesmo tempo, substituir o ponto depois de "renda"(L.10) por ponto e vírgula. |
e)
substituir o travessão depois de "produtividade"(L.14) pelo sinal de dois pontos. |
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